DRAMA TROPICAL
A voz do vulcão que declamava
Á boca de cena da ilha.
Ali, a praia escutava sinfonias de araras e fagotes,
E eu, humano de todos os fracassos e vitórias,
Sentado na plateia de bilhete na mão bebendo água de côco.
Um papagaio gritava para que o mundo não parasse de girar
Ou melhor, que nunca parasse de girar,
Que o infinito fosse o culminar de todo o talento artístico natural,
Para lá ainda de um outro infinito na apoteose prefeita de tudo o que nasce e morre.
E eu, sentado de chapéu na cabeça e camisa havaiana colada ao corpo,
Eu, suado pelo calor tropical da consciência humana,
Eu, de óculos escuros lúcido e cego ao mesmo tempo
Daquilo que olhava e não via,
Daquilo que ouvia e não escutava,
E que era nem mais o drama exótico de toda a minha alegria.
Um camaleão entra em cena,
Mudou de cor, que bonito
Mudou as cores do céu na noite e a peça decorre,
Eu que chorava e ria, descruzo agora perna tombando pelo sono
Naquele espectáculo em que o mundo e os homens se unem
Estando tão longe de terminar.
Nota Importante: Se clicar em cima do nome do autor tem direito a música!
2 comentários:
Gostei muito do poema (que já tinha lido) e da música!
Continua a dar-nos estas coisas lindas de se ler e de ouvir, Diogão
beijinhos
Muito Obrigado!
Com certeza que muitos mais virão ehehhehe
Beijinhosssssss
Enviar um comentário