“Enfiado Numa Garganta Profunda De Alienígena Vindo De Algures Lá De Baixo”
Enfio-me pela garganta profunda dos alienígenas a baixo
Entupo-lhes as traqueias com hélio vindo directo do Sol
Cubro-lhes os rostos azuis com bronzeadores castanhos
Penetro milhões de almas simultâneas ao mesmo tempo
Vou até ao mais fundo do âmago dos segredos ocultos
Desligo lá dentro o sistema de ar-condicionado com calor
Abandono a nave espacial ainda a navegar a meio caminho
Dou o salto com um paraquedas feitos com sêda de meias
Jogo à roleta russa ou a outra qualquer das tríades chinesas
Enfio o dedo maior no tinteiro sem tampa para o refrescar
Espreito tão-somente com um dos olhos para não cegar o outro
Vejo tudo muito foscamente ao ponto de não me ver ao espelho
Cubro-me com um saco de cem quilos de palha feita à mão
Descalço-me das chinelas de borracha e calço umas socas
Bato a porta atrás de mim assim que saio em direcção à Lua
Troco tudo o que me diz respeito e substituo por material férreo
Com meias de palha-de-aço nos pés enfrento o orgulho próprio
Monto e desmonto numa correria desenfreada um bico-de-obra…
Perco eu também uma parte substancial do juízo sem me recordar a onde!...
Escrito em Luanda, Angola, a 8 de Maio de 2020, por Manuel (D’Angola) de Sousa, em Homenagem aos nossos Irmãos Extraterrestres, estejam eles lá onde estiverem e venham eles de lá de onde vierem!...
“Cá estaremos para os receber, a qualquer hora do tempo, seja amanhã ou depois ou para daqui a alguns anos ou para quando isso vier a acontecer!...”
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