Maria Eduarda da Rosa
texto e foto
Sinfonia do vento
O vento
cavalga louco
Levando com
ele a bailar
Os ramos das
árvores.
As folhas da
bananeira
Rasgam-se em
dentes
De pentes
gigantes.
Todo
poderoso, ele vai tocando
Vigorosamente
toda a natureza.
Quem se atreverá a contrariá-lo
Mesmo por
vezes a custo
Com o som
mais estridente
Do ímpeto
violento de cada rajada?!
Tudo se
agita com a sua brutal força.
Tudo se
sacode ao seu ritmo.
Os pássaros
curvam-se no balouço dos galhos.
O meu
coração, porém, está inquieto.
Mas que
adianta resistir a este soberano
Sopro cósmico
que penetra, parte e purifica?!
Dou-lhe
então entrada no meu ser
E deixo-o
encher e soprar no vazio de mim
Caixa de
ressonância universal.
Mer, 2020.05.12
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