sexta-feira, 29 de junho de 2012

Circuncisão no Islão e no Judaísmo: Acção Criminosa. Tribunal alemão toma uma Decisão corajosa.

A circuncisão de meninos no Islão e no Judaísmo, segundo a sentença do Tribunal Distrital de Colónia, constitui uma agressão criminosa.

Mais importante que a liberdade de religião é a integridade corporal e a autodeterminação da criança, argumenta o tribunal, na sua decisão de ontem, 26.06.2012.

O direito de autodeterminação das comunidades religiosas não se pode sobrepor ao direito humano da integridade corporal.

Este julgamento terá consequências muito importantes.

Esta decisão deveria ser um acto de encorajamento para políticos e outros tribunais no sentido de intervirem mais corajosamente em crimes de base cultural como casamentos forçados e crimes de honra, ainda muito em voga em determinadas culturas.

Até agora, o corte do clitóris das meninas (praticado em grande parte do mundo muçulmano) era considerado acto criminoso no Ocidente, mas o sofrimento do acto agressivo da circuncisão de meninos ainda não tinha chegado à consciência das pessoas.

A decisão do Tribunal é uma vitória contra a barbaridade e leva uma consciência mais sensível a actos culturais que não respeitam a dignidade e a integridade da pessoa e constitui um apelo ao respeito pelo direito dos que não têm voz.

A matança ritual de animais, como no caso muçulmano e judio, em que os animais são mortos duma maneira brutal porque morrem sangrando, não foi proibida na Alemanha por “respeito à religião”. Também aqui será necessária uma consciência mais afinada.

António da Cunha Duarte Justo

2 comentários:

Abdul Cadre disse...

Confundir não é a melhor forma de comentar o que quer que seja. Chamar acção criminosa à circuncisão é puro delírio. Não sei qual é a percentagem dos bebés cirurgicamente circuncidados na Suécia -- 80%? 90%? -- , claro que por razões higiénicas e não religiosas...
Penso que na Suécia não perguntam aos bebés se querem ser circuncidados. Do mesmo modo que não lhes perguntam se querem levar uma injecção. Já viram a violência, a selvejaria que é espetar uma agulha num bebé?
Já agora, gostava de saber onde está publicada a coisa, já que tenho sobrinhos netos nascidos na Alemanha e um deles foi circuncidado num hospital de Dusseldórfia.
Deve ser confusão com excisão clitoriana ou deficiência na tradução...
Quanto menos pedras se atiram mais se poupa nos vidros.
É ou não é?
Pax Profundis
AC

Abdul Cadre disse...

Matanças, matanças boas as nossas e más as alheias.

Estou à vontade para comentar matança de bicho, já que de bicho faço os possíveis por não comer vai para 40 anos. Ou seja, não sou teórico. Já tenho perguntado a quem come peixe se já pensou como o animal deve sofrer a sufocar lentamente, ou a lagosta, a ir viva para a panela.
Faz muitos anos -- cerca de 50 -- fui militarmente assistir a matanças no antigo matador de Moscavide. Gado bovino: uma chopa no nó vital, fica paralisado, começando de imediato o esfolar e retalhar. Gado porcino: dois métodos: por electrocussão e por pistola de ar. Este último método era muito prático, o animal ficava um balão e com um maçarico queimava-se-lhe o pêlo. Também no gado caprino a pistola de ar era muito útil para a esfola: um pequeno furo numa das patas traseiras, com o animal ainda vivo e pfff, fácil tirar a pele. Coisas de gente civilizada, claro. Gente que tem cantigas para as crianças que dizem: atirei o pau ao gato mas o gato não morreu. Sorte do bichano.
Como o articulista parece não saber, eu esclareço: o abate ritual para a obtenção de carne Kosher consta do texto mais antigo que se conhece defendendo o respeito pelos animais, o seu abate com o mínimo de sofrimento: as leis Kashrut da religião judaica.
Mais tarde, os muçulmanos adoptaram este ritual judaico, a que chamam halal.
Felizmente que nós urbanos civilizadíssimos comedores de carne -- onde eu não me quero incluir nem como civilizado nem como comedor de cadáveres -- não precisamos de matar nem ver matar, temos exterminadores oficiais que escondidamente trabalham para nós.
A propósito: algum dos leitores viu a funcionar uma fábrica de desmontagem de frangos?
E sabem como se obtém sem religiosidade nenhuma o foie gras?
É tão bom olhar ao longe para não se ver o que está ao pé.

E agora a despropósito: sabem que Jesus foi selvaticamente circuncidado e que os pais, responsáveis por tal violência, são venerados nas igrejas católicas como santos? À mãe até chamam muitas vezes mãe de Deus.
Pax Profundis
AC