quinta-feira, 7 de junho de 2012

d´Arte - Conversas na Galeria XCII

Camarros Autor António Tapadinhas

Óleo sobre tela 100x100cm

Até ao século xv, Barreiro esteve integrado num concelho chamado Riba Tejo que abrangia a região entre Alcochete e a Ribeira de Coina. Foi em 1512 que D. Manuel I outorgou a Carta de Foral ao local que era uma povoação ligada à pesca, à salicultura, à moagem, à olaria, mas que esteve na génese da Expansão Marítima graças à construção naval e às fábricas de biscoitos para os marinheiros das naus. Foi elevada a cidade em 1984, mas os habitantes do Barreiro, barreirenses, continuam a sentir-se honrados com o seu primeiro nome, atribuído aos pescadores que utilizavam as terras barrentas para acolhimento e descanso: cama sobre o barro ou Camarro.

4 comentários:

luís santos disse...

Tenho ideia que a Carta de Foral atribuída ao Barreiro por D. Manuel foi em 1521. Até aí o Barreiro estava integrado em Alhos Vedros que, paralelamente com Sabonha (atual S. Francisco?) constituiam os dois grandes lugares da região.

Abraço.

Luís F. de A. Gomes disse...

E se quem de direito pouco ou nada faz para preservar o património histórico e cultural dos camarros, aqui está a tua pintura para o fazer e bem. Ainda mais com a vantagem da beleza que acrescentas aos momentos que preservas com o teu toque pessoal inconfundível. É a darte ao serviço da memória, o mesmo é dizer, das sementes para um futuro mais humano.

No que respeita às viagens marítimas, lembremo-nos que a autoria do diário de bordo da viagem do Gama à Índia, a primeira, é pela historiografia atribuída a um camarro, Álvaro Velho.

Aquele abraço, companheiro
Luís

A.Tapadinhas disse...

Luís Santos: É como dizes.
Alhos Vedros partilhava a dignidade de cabeça do concelho medieval do Ribatejo (diferente do actual) com Sabonha, hoje S. Francisco, em Alcochete.
Abraço,
António

A.Tapadinhas disse...

Luis F. de A. Gomes: Segundo li,
o diário de bordo anónimo, ou Roteiro da Índia, é atribuido a Álvaro Velho, camarro de gema. Desconhece-se onde pára o manuscrito original. Uma cópia (incompleta) encontra-se na Biblioteca Pública Municipal do Porto.

Não sei qual a credibilidade das fontes que consultei, nem porque carga de água a cópia está na Biblioteca do Porto...

Deixo as minhas dúvidas para os que se interessam por História...

Aquele pedaço da margem do rio já mudou ... e muito! Agora, estão lá uns prédios iguais a todos os outros, com pessoas que se levantam todas à mesma hora para irem para o trabalho...

Os camarros teimam em ser diferentes: seguem o ritmo das marés... Feitios!!!

Abraço,
António