sábado, 31 de janeiro de 2015

O que vai por Terras de Santa Cruz



Um calvário!

1.- Há anos que se fala em aumentar a produção de energia elétrica. Mas verbas para infraestrutura escasseiam. O que se rouba neste país é algo incalculável. Dezenas, centenas de bilhões. Constantemente em todos os setores da administração pública. Estamos já a utilizar quase a capacidade total. Resultado: apagões!

2.- Inflação, contas públicas vigarizadas, para tentar esconder o rombo, etc. Neste momento o juro anual do cheque especial atingiu um recorde: 200%.

3.- A seca este ano é a maior que se tem conhecimento. Mas só quando os reservatórios chegaram ao seu limite mínimo é que as (des)autoridades acordaram. São Paulo vai começar a ter água só dois dias por semana. O Rio... está a fazer obras! Em minha casa há mais de um mês que não entra água. Tenho que a comprar a atravessadores que cobram FORTUNAS... que eu não tenho. Lembro um “interessante” episódio da história antiga da América Central: o desaparecimento dos maias de algumas regiões sem terem deixado rasto. Hoje sabe-se que nessa época, por volta do ano 800, houve uma terrível seca que durou dois ou três anos. A população abandonou o local! Por aqui...vamos por esse caminho.

4.- Um ex ministra, madama de passado ético e moral pouco recomendável, ex parceira da madama dona presidenta, agora, agastada, chama a esta última “vaca engasgada”! Gente fina é outra coisa. E diz que quer ser, também presidenta. Praga pior do que a seca!

5.- Hoje o jornal diz que polícia prendeu sete fiscais da fazenda. Roubaram bem mais do um bilhão de reais. Na casa de um deles encontraram uma adega, SÓ com mais de quinhentas garrafas de vinha algumas das quais custam R$ 18.000. Fiscalzinho com bom gosto, hein!

6.- A polícia rodoviária, após uma denúncia sobre quadrilha de roubos de cargas de caminhões, fez vistoria num armazém: só lá tinham 784 TV de 42”, um contentor com peças novas para automóveis, e, espantem ó ingénuos: um tanque de guerra!!!

7.- No Rio, com a seca, os agentes policiais encontraram SÓ 1.400 postos clandestinos de “lava-jato” para carros. Consumiam mais de 7.000 m3 por dia. E eu sem água!

8.- Nesta beleza do “Rio Maravilha” existe agora uma nova espécie de fenómeno voador: a bala. Não é exatamente novo, mas a “espécie” está a multiplicar-se mais do que o Ebola, Só este mês já se contam mais de 17 vítimas de balas perdidas, algumas fatais.

9.- A Biblioteca Nacional, no Rio, fechou as portas! O ar condicionado morreu de morte velha, e os funcionários não conseguem trabalhar com tanto calor. Além disso o edifício está com infiltrações. Reparar para que, se o que é bom é manter o povo na ignorância?

10.- O perigoso Zé Dirceu, condenado pelo mensalão, o cabeça do governo do sapo-barbudo, agora aparece nos escândalos da Petrobrás, o que não constitui surpresa para ninguém. Só levou das empreiteiras 4 bilhões, quatro bilhões, em “algumas consultas”. Deve ser um mago da exploração. De que? Do petróleo? Não.

11.- Para terminar mais uma da Petrobrás. Há pouco tempo comprou, mancomunada com outra empresa, uma distribuidora de combustíveis. Quando quiseram investigar o que houve de dinheirama envolvido, pediram segredo de justiça. Mas muitas vezes os segredos se transformam em cortiça e aparecem. Este está a aparecer e... mais uma escandaleira de fazer doer as meninges.

O Deus que diziam ser brasileiro, emigrou. Nem vai mandar outra vez o filho. Seria crucificado. O próximo emissário, que já por anda à solta é um anjo, o anjo do mal conhecido por Satanaz, Demónio, Capeta, Anjo Caído, Chifrudo, Cramunhão, Diabo, Satã, Lúcifer, Coisa Ruim, Belzebu, Anti Cristo, Mal Cheiroso, Tinhoso, etc.. Assim é fácil estar em todo o lado, sobretudo na política, administração pública e outras conveniências.

Francisco Gomes Amorim
28/01/2015

quinta-feira, 29 de janeiro de 2015


Acabo de ouvir a ministra das Finanças na televisão a dizer que já não se importa tanto de perder tempo nas filas de trânsito porque haver mais veículos na estrada é sinal de retoma económica... Triste cegueira de quem só pensa em termos de crescimento económico e não vê o impacto irreversível e destrutivo deste modelo de economia no planeta... Uma verdadeira aula em directo de deseducação ambiental. Os governantes não lêem os relatórios científicos sobre o estado crítico da relação do ser humano com a Terra e sobre o tremendo impacto poluente e de efeito de estufa do dióxido de carbono emitido pelos meios de transporte e do metano emitido sobretudo pelas vacas, industrializadas e exploradas para nosso consumo? Somos governados pela ignorância, activa ou passiva, e o pior é muita gente ser cúmplice disto. O antropocentrismo a destruir a humanidade, destruindo a vida.

Paulo Borges

Conversas Vadias

"Quando Cristo diz "comei e bebei de mim", ele diz: porque sois dignos disso. E dizer a uma pessoa que ela é digna, quer dizer, aquele ser divino que era Cristo dizer a alguém que era digno de o comer e beber, era reconhecer no outro um processo de divindade interior, uma graça plena - "eu charis", a graça inteira, a graça plena. (...) É aquilo que temos de melhor, aquilo a que chamamos a nossa centelha divina que devemos dar. Isto é, cada um de nós devia dar ao outro a sua Eucaristia, a sua graça plena, em homenagem à plena graça que está no outro"
- Agostinho da Silva, Vida Conversável.

Ainda no âmbito das comemorações dos 20 anos da partida de Agostinho da Silva, a Livraria e Galeria Fabula Urbis e o Círculo do Entre-Ser (associação filosófica e ética), com o apoio da Associação Agostinho da Silva, relançam as Conversas Vadias (título de um célebre programa de televisão com a presença de Agostinho da Silva e de vários interlocutores), num espírito de tertúlia, em torno de cinco temas:
7 de Fevereiro – Paulo Borges, “Agostinho da Silva, Fernando Pessoa e a Mensagem: a vocação universalista de Portugal e da comunidade lusófona” (com a apresentação do livro É a Hora! A mensagem da Mensagem de Fernando Pessoa).
14 de Fevereiro – Fernando Dacosta, “Agostinho da Silva e Lisboa”
21 de Fevereiro – Maurícia Teles, “A poesia de Agostinho da Silva”
7 de Março – José Manuel Anacleto, “Agostinho da Silva e a sabedoria universal”
14 de Março - Miguel Real, “Agostinho da Silva no pensamento português anterior e posterior”
Todas as sessões realizam-se aos Sábados, das 18.30 às 20.30, e a entrada é livre (cerca de 30 lugares disponíveis).
Local: Fabula Urbis, Rua de Augusto Rosa, 27 (junto à Sé de Lisboa)
Tel. 21 888 50 32
http://www.fabula-urbis.pt/
fabula-urbis@fabula-urbis.pt
Informações sobre o evento: info@circuloentreser.org / 918113021
Círculo do Entre-Ser - FACEBOOK: http://www.facebook.com/circuloentreser

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

“Alles wächst aus tiefem Grund”





"Tudo surge do solo profundo"


Carola Justo

90x90

acrílico


Nota: Clique em cima da imagem para ampliar e melhor ver os pormenores.

terça-feira, 27 de janeiro de 2015

FANTASIANA E OUTROS LUGARES

PENSAVERSANDO


NUMA RUA


Numa rua,
Num transporte,
Olhares perdidos nos
             la-
bi-
                      rin-
             tos
                                da vida !
Corpos curvados
pelo
PESO,
não dos anos,
(será antes das mágoas?)
da solidão, talvez!

Numa rua,
num espaço público,
pessoas correm (sabe-se lá para onde!)
sorriem
(ou trancam o sorriso a sete chaves, não vá ele ser contagioso e, depois, não se saber como reagir!) 

Numa rua...
O Sol!
O Sol que se junta às vozes,
O ar que se enche de vida,
de percursos sonoros,
de percursos coloridos... ...

No meio da multidão,
Pedem ajuda
olhares perdidos...
corpos curvados...
E a solidão arrasta-se
nos passos de um Homem,
numa rua,
num espaço público,
num transporte...

segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

REAL... IRREAL... SURREAL... (116)

Cargador de Flores, Diego Rivera, 1935
Óleo e Têmpera sobre Masonite, 121x121cm

OS MILITANTES DO POVO
Vêm de longe e perto
lavram do amor o futuro
são o músculo o nervo
o fermento amanhecendo a razão
o estrume fecundo
o homem a caminho do pão
São poetas.Mas se passam
revivem noutra poesia,
falam de guindastes,trigo
de alfaias e d'alegria
que vive no coração
de quem sabe construir
braço a braço,mão a mão
Vêm das obras,dos campos
de oficinas artesãs
vêm da mina mais longa
ou das marés das manhãs
Dum escritório sombrio
ou da lezíria alagada
trazem consigo a poesia
duma terra fecundada
Nos olhos trazem boiando
uma esperança feita à mão
pela certeza bordada
de futuro e de razão
E os que semeiam suor
colherão um fruto novo
que é este o gesto de amor
dos militantes do povo

manuel branco

domingo, 25 de janeiro de 2015

 
 
MIRADOURO 04 / 2015
 
 
Acabei de ler o mais recente romance de José Luís Peixoto que dá pelo título de “GALVEIAS” e gostei bastante.
Com este livro pretenderia o Autor, entre outras coisas, homenagear a sua terra natal e as suas gentes, mostrar maneiras de viver que precisam ser mostradas, contadas, para que o mundo não as esqueça e as saiba.
O Alentejo - e as suas gentes – precisa de quem, dele sendo e seu o fazendo, lhe cante o sentir profundo.
As dores que alberga os sonhos que por ali germinam.
Galveias é uma pequena freguesia vizinha daquela onde nasci.
O universo é o mesmo.
As paisagens, as gentes, os trabalhos, as cismas e arrelias são os mesmos.
Enquanto percorria as páginas do livro senti-me em casa.
Esta é uma das maneiras possíveis para dizer que, na minha opinião, a homenagem que o celebrado Autor pretendeu prestar foi plenamente conseguida e, nesse registo, permito-me sugerir a sua leitura.
Façam-no e vão ver que não se arrependem.
Deixo aqui dois pequenos excertos que (talvez) possam aguçar o apetite.
 

“Todos temos um lugar onde a vida se acerta. Cada mundo tem um centro. O meu lugar não é melhor que o teu, não é mais importante. Os nossos lugares não podem ser comparados porque são demasiado íntimos. Onde existem só nós os podemos ver. Há muitas camadas de invisível sobre as formas que todos distinguem. Não vale a pena explicarmos o nosso lugar, ninguém vai entendê-lo. As palavras não aguentam o peso dessa verdade, terra fértil que vem do passado mais remoto, nascente que se estende até ao futuro sem morte.” (pág.202)

 
“Galveias sente os seus. Oferece-lhes mundo, ruas para estenderem idades. Um dia, acolhe-os no seu interior. São como meninos que regressam ao ventre da mãe. Galveias protege os seus para sempre.”  (pág. 215)


Manuel João Croca

sábado, 24 de janeiro de 2015

"Viagem no Verde"


UM ESPETÁCULO PARA CRIANÇAS PEQUENAS E GRANDES criado a partir do Livro de Jorge Letria "Uma Viagem no Verde".

A não perder na FNAC  Allegro Alfragide, dia 8.

Para ouvir as outras canções há uma demo no facebook:



quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

"The Blue Dog"


A Expansão azuL





“The Blue Dog” é uma belíssima escultura de William Seewtlove que se mostra na Quinta da Bacalhoa, em Azeitão, lugar do concelho de Setúbal, entre oliveiras milenares e terras de bons e famosos vinhos. Uma quinta que se encosta à grandiosa e mística Serra da Arrábida, de magníficas praias e idílicas paisagens, mais seus eternos poetas Sebastião da Gama ou Agostinho da Cruz.

A histórica Quinta da Bacalhoa, classificada como património nacional, pertenceu em tempos à casa Real Portuguesa, sendo seu primeiro titular o infante D. João, filho de D. João I, rei de Portugal, na primeira metade do século XV. Um século depois haveria de ser adquirida por Brás de Albuquerque, filho do vice-rei de Portugal e governador da Índia Afonso de Albuquerque.

Os Albuquerques, de resto,  já detinham muitas e grandes propriedades nesta região, pois sabe-se que Afonso de Albuquerque se constituiu herdeiro de vastas terras na região de Alhos Vedros, por via do seu avô paterno Gonçalo Lourenço de Gomide, um dos grandes senhores deste lugar, e que era "escrivão da puridade" (um mais ou menos 1º Ministro dos tempos atuais) do Rei e Mestre de Avis.

D. João I, tal como os Albuquerques, também surge ligado à história de Alhos Vedros e região. Aqui fez luto quando da morte da sua mulher Rainha Filipa de Lencastre, aqui se reuniu com os infantes, seus filhos, onde foi dada autorização que, para o bem e para o mal, se partisse à conquista de Ceuta, quiçá, a primeira etapa da Expansão Ultramarina Portuguesa. Segundo rezam as crónicas tudo terá decorrido ali no Cais Velho, em Alhos Vedros, num Palacete que se pensa ter pertencido a um seu filho bastardo D. Afonso, Conde de Barcelos, no ano de 1415. Quer dizer, fará este ano precisamente 600 anos que, por aqui, se deu início à Expansão da Língua Portuguesa havendo, por isso, grandes expectativas de que as Comemorações sejam condignas.

É caso, pois, para dizer que estamos em maré de Comemorações, porque também hoje, 23 de Janeiro de 2015, Dia Mundial da Liberdade, o Estudo Geral festeja o seu 5º aniversário. 


Luis Santos

quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Je suis Flou






Je suis flou
Kity Amaral
técnica mista sobre tela
18X30cm
2015



terça-feira, 20 de janeiro de 2015

FANTASIANA E OUTROS LUGARES

OS AMIGOS DO QUINTAL


LAGARTIXA MIMI


Lagartixa Mimi
Passeia-se pelo jardim,
Perna aqui, perna ali,
Lá vai andando
Por cima do jasmim!
De perna elegante,
Lá vai lagartixa Mimi!
Não gosta de lavagante,
Mas devora o meu alecrim!


segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

REAL... IRREAL... SURREAL... (115)


O limão da física quântica...

Ontem, no restaurante, pedimos uma coca-cola com uma rodela de limão e no final do jantar nos deparamos com o criativo uso das rodelas no banheiro masculino - lembrei-me, imediatamente, que de acordo com a física quântica uma rodela poderia estar em dois lugares ao mesmo tempo (o gerente do estabelecimento, muito provavelmente, desconhece os princípios quânticos). Hoje, na sorveteria, pedimos 1/2 litro de sorvete de creme para viagem. O sorvete foi acondicionado em uma pequena caixa de isopor e embalado longe da minha visão. Horas mais tarde, quando abrimos a caixa após o almoço, uma surpresa: o sorvete era de limão. De novo me lembro da física quântica e do Gato de Schrödinger (poderia ser do Ernesto, se ele tivesse um gato) e do colapso das probabilidades. Tudo pode ser matéria, energia ou limões. Termino a tarde abrindo a geladeira, encarando os limões que ali estão e optando por fazer uma limonada. Espremo o limão com carinho, pensando que ele poderia ser eu.


Flavio Ferrari

domingo, 18 de janeiro de 2015



MIRADOURO 03 / 2015
 
 
Olhar e ver,
ouvir e escutar,
falar e dizer,
andar e vaguear.
 
Re-parar.
 
Descansar,
sentir,
reflectir.
 
Partidas-chegadas,
ficar-estar,
encontros-desencontros.
 
Integrar.
 
Incorporar.
 
Devaneios,
e os dias a seguir.
 
 
Manuel João Croca

sábado, 17 de janeiro de 2015

A Malva

por Miguel Boieiro



Creio bem que toda a gente, mesmo os citadinos, conhece a Malva silvestris L., planta abundante em todas as estações do ano, com grandes folhas palmatilobadas e flores com cinco pétalas separadas, que vão da cor branca à violácea. Por isso, dispenso-me de fazer aturadas descrições botânicas.

Pois a malva é toda boa, desde as raízes, passando pelos caules, as folhas, as flores e os frutos (que os miúdos chamam “queijinhos”). O seu uso não possui quaisquer contraindicações.
A verdade é que, hoje em dia, a facilidade com que se chega à farmácia para o fornecimento de qualquer medicamento de síntese química, enubla completamente o papel, outrora precioso, das plantas nossas amigas, em que a malva estava em primeiríssimo plano. Ficaram, é certo, ditos e provérbios, mas eles parece servirem apenas para brincar: – “Vê lá se também queres que te lave o …com água de malvas!”
Este dito jocoso, ilustra, às mil maravilhas, um dos usos comuns da malva, como anti inflamatória, desinfetante e calmante.
Já na antiga Grécia, a malva, considerada planta sagrada, utilizada de inúmeras formas, servia para combater todas as doenças conhecidas: abcessos, acne, furúnculos, picadas de insetos, hemorroidas, obstipações, inflamações oculares, bronquites, faringites, etc., etc. Aliás, Hipócrates, o chamado pai de medicina, recomendava-a como componente, em praticamente todos os preparados.

A malva pertence à família das Malváceas (outra espécie valiosa desta família é a alteia que, a seu tempo, analisaremos) e é uma herbácea bienal, ou mesmo perene que medra em caminhos, baldios e lixeiras onde existem solos porosos, ricos em azoto. Se as condições forem as ideais, ultrapassa facilmente o meio metro de altura.

Na sua constituição química sobressaem as mucilagens que possuem virtudes curativas como elementos calmantes, emolientes, desinfetantes e laxativos, para além de taninos, pró vitamina A e vitaminas B1, B2 e C.
Usa-se, quer internamente (infusões e decocções), quer externamente (lavagens, gargarejos, cataplasmas e preparados com substâncias oleosas).
Dizem que uma cataplasma feita à base de malvas produz efeitos quase milagrosos no tratamento de furúnculos.
Com as folhas tenras da malva, a que se juntam hortaliças, confeciona-se (ou confecionava-se) uma sopa muito apreciada, descrita desde remotas eras.
Para terminar, transcrevo, com a devida vénia, as mezinhas que o Dr. Oliveira Feijão prescreve na sua conhecida obra “Medicina pelas Plantas”:
“O infuso das flores (30/1000), adoçado com mel, é usado contra bronquites, tosse, sarampo, escarlatina, varicela, etc. O cozimento da raiz (60/1000) é um bom expectorante, tomado na dose de várias chávenas por dia. O cozimento das folhas (50/1000) emprega-se em clisteres, irrigações vaginais, gargarejos, pensos para feridas, doenças da pele, hemorroidal, etc.”. 

sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

 



A CONSCIÊNCIA
Abdul Cadre

A ciência, aquela abstracção a que chamamos ciência real ou concreta, é sempre como aquelas casas para cuja ampliação se aproveita cantaria de outras.
Agostinho da Silva


Vendas Novas, 06 JAN 2015

Há conceitos que se usam com o maior dos à-vontades como se fosse pacífica a sua invocação e unívoco o seu entendimento. Tal é o caso, entre muitos outros, de «consciência». Afinal, quando dela falamos, de que falamos verdadeiramente?

Elaborados ou não, vários são os entendimentos. Por exemplo, confunde-se bastas vezes carácter com consciência quando, se atentarmos bem, o primeiro refere-se à disposição habitual e à reposta comportamental típica consequente ao temperamento e à sensibilidade, enquanto a última é aceite geralmente como significando a percepção do dever, o sentido do bem e do mal.
Mas temos mais.

Perante um acto impensado e perigoso, diz um amigo ao outro: és um inconsciente; daquele que trabalha com muito esmero e responsabilidade, diz-se que é um trabalhador muito consciente; da vítima gravemente ferida num acidente de automóvel poderá dizer-se: está ainda encarcerado, mas perfeitamente consciente...

Em português, consciente tanto pode querer dizer «que sabe que existe» (autoconsciência), como «que sabe o que faz», que é cônscio, sabedor, ciente. É o «concienzudo» castelhano, que se pode traduzir por cuidadoso. E vale a pena lembrar que na língua castelhana, que muitos chamam língua espanhola, temos o termo «conciencia», que é a consciência conotada com a moral e o termo «consciência», que significa conhecimento. O interessante, como curiosidade divertida, é que muitos portugueses, conhecendo ou não o castelhano, em vez de pronunciarem consciência, pronunciam erradamente conciência, que é um termo que a língua portuguesa não regista nem está previsto nas tropelias da aberração conhecida como «acordo ortográfico».

É evidente que a polissemia do termo pode confundir a conversa e obnubilar o entendimento, e do que queremos falar é de consciência em sentido mais restrito do que o corrente mas de modo algum tão restrito que fique subsumido ao sistema individual de valores morais, ao certo e ao errado da conduta, sem prejuízo, no entanto, de querermos privilegiar a vertente metafísica do assunto, mas sem descurar os importantes e significativos aportes dos grandes investigadores da ciência académica da Psicologia.

Queremos também que não se confunda mente com consciência e se aceite que cada ser humano, sendo uma unidade de consciência, transporta em si, em cada célula, em cada órgão, unidades escalonadas dessa mesma consciência.

Para a ciência moderna, mente e consciência são produtos da actividade cerebral. Platão e Descartes não entendiam assim, defendiam mente e cérebro como entidades separadas. Se nos perguntamos se são os acontecimentos baseados no cérebro que causam a experiência consciente ou se é a experiência consciente que causa mudanças no cérebro, não raro somos empurrados para a velha história do ovo e da galinha. Entendemos perfeitamente que a ciência se preocupe apenas com o que ode pesar e medir e que reduza a consciência à electroquímica, às ondas e às localizações cerebrais. No nosso entendimento, que não é científico, tudo isso nos parece pouco, porque é apenas a parte visível (digamos assim) de um imenso iceberg; é a redução da consciência aos fenómenos do comportamento, da atenção e da percepção. Todavia, por mais que seja um handy cap não sermos cientista, e sem carregar excessivamente na perspectiva metafísica, diríamos que a consciência individual – o eu – é um processo potenciado pela consciência humana global, sendo esta infundida pela consciência cósmica que emerge da mente total e absoluta, que muitos designam por Deus. Como energia subtil, é universal; como função, é critério nos humanos e instinto de sobrevivência nos animais e no que em nós há de animal.

Eis então que a nossa assim delimitada consciência constitui um processo mental, certamente com implicações fisiológicas, mas não apenas, não meramente um processo fisiológico. Do nosso ponto de vista, não é um produto do cérebro, sendo que este é, sobretudo, um interface entre o soma e a psique. Veja-se, por exemplo, que as amibas não têm cérebro e todavia têm consciência, não ao nosso jeito, como é evidente, mas ao jeito delas.

É nossa convicção que não foi o cérebro que inventou o pensamento, mas que foi o pensamento puro – que é uma potência cósmica – que infundiu e desenvolveu essa estrutura em nós. A nossa mente é o reflexo em nós da mente cósmica, o que implica entendermos que tudo é mente, que o universo é mental. É por isso que a nossa mente (individualmente considerada) não é tão independente quanto comummente se julga, pois está mergulhada no mar imenso da mente humana colectiva de hoje e de ontem e nem sequer está apartada da sua infusão nos reinos vegetal e animal, dado sermos um com todos os seres.
Do ponto de vista esotérico, a mente é parte da alma e da personalidade, ressalvando-se desde já que a utilização destes termos e destes conceitos é tudo menos pacífica.

Também não será pacífico dizer-se que a razão, a intuição, a emoção, a imaginação, a criatividade e a erudição, por exemplo, são produtos básicos da mente. Assim sendo, então a consciência humana identifica-se claramente com este compósito, susceptível de conduzir quer à sabedoria, quer à santidade, ou ao contrário de uma e outra coisa, por inversão de polaridades.

Conclua-se então que os nossos órgãos físicos são estruturas desenvolvidas pelas necessidades funcionais, porque é a função que determina o órgão, não é o órgão que inventa a função.
Não foi a caneta que inventou o escritor, pois não?

Para interpretar o mundo terrestre e nele agir adequadamente, desenvolvemos os sentidos físicos que tal possibilitaram: cinco virados para o exterior e vários outros (virados para dentro), tendentes à protecção e conservação do corpo. Estes sentidos são assim faculdades objectivas ao serviço das nossas faculdades subjectivas, mormente da capacidade reflexiva.

Dando tudo isto como bom, facilmente entenderemos que a vida é a grande função de que o nosso soma é a estrutura global da nossa acção mundana, o nosso grande veículo neste plano de manifestação. Nesta estrutura, os sentidos (os órgãos dos sentidos) permitem-nos – permitem a todos os seres vivos – reagir no seio da nossa circunstância. Pela razão, – e a razão, como atrás dissemos, é um produto da mente – a nossa reacção torna-se racional e inteligente; a consciência, através dos sentidos, faz de nós seres sensíveis.

Todas as células do nosso corpo estão impregnadas de consciência, toda a nossa bioenergia a reflecte, porque, sendo um produto da alma, age sobre todo o ser e sobre todos os seres.
Então, está errada a ciência?

É evidente que não. Ela apenas se ocupa do que deseja ocupar-se e a metafísica não lhe diz respeito. Da consciência estuda a parte objectivamente constatável, os fenómenos que resultam da percepção, da memória, da razão, da inteligência funcional, do básico, digamos assim, daquilo a que os metafísicos chamam actividades da consciência objectiva, sejam elas automáticas ou voluntárias. O mais longe que a ciência académica se atreveu, aliás com bastante relutância, prende-se com as propostas despoletadas por Freud e por Jung, nomeadamente com a introdução do conceito de inconsciente, que é algo que afinal não se mede e nunca foi localizado, seja no cérebro, seja em qualquer outro lugar físico, o que constitui, naturalmente, uma grande contrariedade.

Como diria Schiller, a percepção sensorial e a autoconsciência manifestam-se independentemente da nossa própria vontade e do nosso conhecimento. E ainda bem, acrescentaríamos nós, para nossa segurança e comodidade. Todavia, sem a vontade, que é a consciência em acto, e sem o conhecimento, que é sobretudo evocar e relacionar campo da memória, não nos distinguiríamos dos animais tanto quanto nos distinguimos, ou nos julgamos distinguir.

Os automatismos inscritos na nossa consciência objectiva, actuando através do nosso sistema nervoso, dos nossos sentidos e coordenados pelo nosso cérebro, automatismos a que poderíamos chamar pré-consciência, ou consciência elementar, podem e devem ser condicionados pela vontade e pelo propósito, pois que o descontrolo desta consciência elementar constitui uma alienação e, sob o ponto de vista dos costumes, leva à corrosão dos critérios do bem, do belo e do justo; sob o ponto de vista da sanidade física e mental, conduz à neurose e mesmo à loucura.

Para finalizar, por mais redundantes que possamos ser nesta exposição, julgamos que o que importa reter é que a consciência humana – colectiva ou individual – é um reflexo (uma infusão) da consciência cósmica global, não reside no cérebro, contrariamente ao entendimento maioritário dos cientistas. Ela é um atributo da Alma, agindo nas dimensões corpóreas e incorpóreas do ser humano, utilizando o corpo físico por inteiro e não apenas o cérebro, embora este tenha privilégios de comando e coordenação.

O cérebro é, com certeza, uma grande obra da nossa evolução; enorme, porém, é a função que o determinou e requer.


quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

(A)colhimento de Inverno, A lição da Semente - Porto 2015


Queridos Seres:

Para possibilitar a participação dos nossos irmãos do Norte e da Galiza, será no Porto o terceiro Retiro Sazonal, primeiro de Inverno. Uma parceria com Amalgama, onde movimento e escrita cura criativa se entrelaçarão em dança, silêncio, quietude e comunhão pelo alimento, pela pele e pela palavra. É com prazer que o anuncio. Recomendo vista de olhos ao programa. Se acharem que poderá interessar alguns dos vossos amigos/relacionamentos/parceiros/familiares ou outros, agradecemos divulgação.
Para nós é uma alegria poder partilhar este trabalho com os nossos irmãos de viagem, conhecidos ou desconhecidos. Porque todos nascemos da mesma explosão, já estivemos ligados e assim, mesmo que o não pareça, permanecemos.
Aproveito para vos desejar um ano sorridente, tranquilo e entusiasmado. 
Saúdo-vos e envio saudades a quem não vejo há muito tempo...

Risoleta Pinto Pedro


“um fim de semana de partilha dedicado ao CUIDAR em ARTE, desenvolvimento de ferramentas de Aprofundamento - identificar/ afirmação / cuidar / criar / afirmar / transformar, em respiração integrada numa Escrita consciente, num Corpo Inteiro e integrado pela Dança de interacção criativa com o outro e a natureza.”

Paragem, Silêncio, Escuta, Identificação, Sensibilidade, Cuidar, Criar, Afirmar, Transformar, Celebrar.

• Corpo Dançante SER inteiro
• Consciência Corpo Movimento
• Dinâmicas Grupais, Celebração, Toque, Criação e Movimento Sensorial.
• Técnicas de Respiração Consciência de Vida
• Escrita Criativa & Orações Afirmações
• Massagem e Auto Massagem
• Cuidar Revitalizar Transformar


Com Sandra Battaglia, Risoleta Pinto Pedro
(Refeições vegetarianas preparadas por Isa Paz e Vera Battaglia)

NOTAS BIOGRÁFICAS

AlSandra Battaglia - Bailarina, coreógrafa, investigadora, professora. Formada na Escola de Dança do Conservatório Nacional, Licenciada e Mestrada na ESD. Trabalhou em cinema, ópera e TV com vários coreógrafos e professores em diversos países. É co-fundadora e directora da Amalgama Cia de Dança onde é Directora Geral. Dançou e coreografou em várias parcerias internacionais. Em 2009, foi homenageada como uma das vias significativas de dança em Portugal. Em 2011, trabalhou com o Instituto Cultural de Macau como directora artística “Showcase de Grupos de Dança de Macau”; “22º Festival de Artes de Macau”, “Parada de Macau, Latin City”. Criadora do projecto UNITYGATE - Plataforma Artística Oriente / Ocidente.

Risoleta Pinto Pedro - Escritora, Professora, Terapeuta. Formação superior em Literatura, lecionou na Escola S. Artística António Arroio. Formação em Rebirthing. Criou o Curso Cuidar, certificado, a funcionar na ESMTC. Publicou vários livros e foram-lhe atribuídos prémios, entre os quais dois de poesia da Sociedade da Língua Portuguesa, Revelação da APE, e Ferreira de Castro, ficção. Tem escrito para teatro e música em parceria com compositores, nomeadamente Jorge Salgueiro. Cantata, ópera, canção, musical e textos para bailado. Estes últimos foram criados para várias coreografias multidisciplinares da Companhia de Dança “Amalgama”. Assinou uma crónica semanal, Quarta-Crescente no Programa “Despertar dos Músicos”, da RDP – Antena 2. Tem escrito crónicas para jornais, revistas páginas eletrónicas de literatura e artes e participação em catálogos de artes plásticas, conferências e colóquios.

SÍNTESE

• Sintonização e práticas energéticas (Body Work, Chi Kung e Yoga dinâmico)
• Dança Mov. Amalgama (Resgate espontaneidade, Elementos Natureza, signo solar)
• Toque Oceânico, Contacto e Improvisação
• Dinâmicas de grupo pelo corpo dançante, identificação, pertença, dar e receber
• Massagem, auto Massagem e Cuidar consciente
• Técnicas de Respiração e objectivos, consciência de Vida.
• Escrita Criativa, em sintonia de Cura
• Orações & Afirmações ao encontro do processo individual.
• Alquimia e Transformação

PROGRAMA GERAL

Movimento AMALGAMA - temáticas a desenvolver 
Quando as forças da Natureza se encontram na Dança.
Alinhamento | Activação | Re Programação

 

• 
Sintonização consciência corpo e movimento (elementos de práticas energéticas, chi kung , yoga dinâmico).
• Body Work (alinhamento, hemisférios, respiração, tonicidade, flexibilidade, consciência corporal, enraizamento, centro do corpo e extremidades).
• Toque Oceano (escuta, respiração, fluxo, sensibilidade, relação com outro e contacto criativo, no plano terra e no céu).
• Dança Natural / espontaneidade perdida / Acções básicas do movimento e qualidades dos 4 Elementos (o poder do gesto expressivo de corpo inteiro numa linguagem alinhada com o fluxo vital e criativo).
• Acções básicas do movimento e 4 Elementos (criação astral signo solar).
• Viagem Astro dança (signo Solar - Viagem dançante pelos 4 elementos e vivência criativa do perceptiva do signo solar de cada um, alinhada nas qualidades dos Elementos).
• Dinâmicas de Grupo (plano de identificação, resgate da espontaneidade perdida). 
• Massagem / Lavagem e revitalização


O que Arte Cura 
Respiração e Escrita Criativa - Temáticas a desenvolver
Quando a Natureza se verbaliza e se afirma em nós.
Alinhamento | Activação | Re Programação


• Técnicas de respiração e objectivos (princípios do Rebirthing)
• Respirar para sentir, uma respiração para cada um sentir, tudo o que se sente pode ser curado.
• Escrita criativa, observação e inconsciente. A criação como um dos mais poderosos instrumentos universais de cura; ir à descoberta do meu próprio livro de auto-ajuda oculto nas páginas já escritas dos poetas.
• Audição de textos, leituras, dores e alegrias, realidade e fantasias, exercícios de estilo, respiração, jogos, corpos sentidos, contos e cantos, recontos e recantos. Numa relação sensual com a matéria-papel em vários formatos, texturas e dimensões.
• Orações e Afirmações, exercícios criativos de recolha, selecção e propósitos - Ler a oração no poema, inspirar-me a criar a minha própria oração símbolo, mantra poético para a vida.
• Massagem / Cuidar sistémico (óleos e essências)

PROGRAMA ESPECÍFICO

Dia 23 - 6ªfeira
18h00 - Chegada e acolhimento dos participantes
19h00 / 21h00 - Apresentação - Círculo de Abertura, Conexão, Cantos, Danças, Invocação e Baptismo.
21h00 / 22h00 - Jantar - refeição em silêncio (45m) Jantar ritual. Antes da refeição Oração e Agradecimento, com partilha do pão em ritual e leitura de poema no enquadramento.


Dia 24 - Sábado
9h00 / 10h00 - "Sintonização Amalgama - Meditação com Respiração, Orientada - Prática Energética, Despertar de Corpo - Body Work, com Sandra Battaglia
10h00 / 11h00 - Pequeno Almoço
11h30 / 13h00 - Workshop Movimento Amalgama -  Linguagens  e Acções básicas do Corpo e do Movimento no Espaço / Tempo, Níveis e Circulo . Trabalho de Grupo com toque & improvisação com Sandra Battaglia

13h00 / 14h00 - Almoço - Refeição em silêncio (45m)
14h00 / 14h30 - Círculo de Massagens & Auto Massagem
14h30 / 17h00 - Workshop "Respiração Rebirthing (respirar, arte viva) e Escrita Cura Criativa - Literatura e cura com Risoleta PP
17h00 / 18h00 - Lanche
18h00 / 19h30 - "Orações & Afirmações "
19h30 / 20h00 - pausa
20h30 / 21h30 - Jantar  - em silêncio (45m)
21h30 / 23h00 - Visionamento de Video Arte/ filme no enquadramento das temáticas , reflexão e partilha" (canto espontâneo). Círculo de Massagens & Auto Massagem com Sandra Battaglia, Risoleta PP


Dia 25 - Domingo (Círculo de fecho)
9h00 / 10h00 - "Meditação com Respiração, Orientada " com Risoleta PP
10h00 / 11h00 - Pequeno Almoço
11h30 / 13h00 - Workshop Orações & Afirmações  (o que arte cura) com Risoleta PP
13h00 / 14h00 - Almoço - Refeição em silêncio (45m)
14h00 / 16h30 - Workshop Movimento Amalgama - 4 Elementos da Natureza, Signo Solar em nós – Toque sensível em Amalgama" com Sandra Battaglia

17h00 / 18h00 - Círculo de Encerramento e Retorno com lanche de despedida

MENU
Buffet Vegetariano variado entre massas, legumes salteados, saladas, tofu, seitan, soja, feijão, quiches, patés, couscous, arroz; sobremesas, compotas e frutas da época. Sempre presente, pão, azeitonas, azeite, manteiga, doces, mel, queijo. Bebidas águas, chás, café, limonadas.

PREÇOS
140€ Retiro completo (com dormida no local)
125€ Retiro completo (sem dormida)
REFEIÇÕES VEGETARIANAS INCLUÍDAS


VAGAS LIMITADAS! 
A inscrição deverá ser feita até 2 dias antes do início do evento e só será validada
após envio de ficha de inscrição devidamente preenchida e de comprovativo
de pagamento.

10% de desconto para pagamento até 13 de Janeiro

Modalidades de pagamento
por transferência bancária para: 
0010 0000 2613 8060 0017 9 - BPI
para validação de inscrição: transferir no mínimo 50% do valor total.

INFORMAÇÕES & INSCRIÇÕES
amalgama.info.ins@gmail.com
914891616 • 912248775