UM LUGAR
Lá na morada onde me mora o medo
Aceno um "Óla", acendo um cigarro e passo.
Discreto, sem que o coração me ajude ou a razão me processe,
Sem que um demónio ou um anjo intervenham na minha existência
E me perguntem se quero fumar um charro ou simplesmente olhar o céu.
A última lembrança que tenho quando passei aqui
Foi um artifício de fogos descodificando flores murchas.
Velhas casas a oeste com as lamparinas ainda acesas
E velhas cantando cânticos religiosos de um lado ao outro
Da morada onde me mora o medo
Entro num café com um cigarro na boca,
A cinza cai e eu avanço sereno e a alma banhada em rosas,
Um homem sentado a uma mesa ri-se,
Ofereço-lhe um licor, sento-me e rio também
Um piano toca e o sol doira lá fora,
Borboletas poisam e as flores saúdam-lhes,
O canto dos pássaros estende-se ao comprido nos galhos,
O mundo repousa sereno e estar vivo é um luxo.
NOTA: Clique no nome do autor para ouvir a música escolhida para este mês!!!
5 comentários:
Gosto muito amigo Diogo.
Continua que o tempo não para.
Abraço.
MJC
Amigo Diogo
Gostei muitíssimo do poema e a música escolhida não lhe fica atrás, mas o poema está mesmo o máximo. Parabéns.
até jazz.
Muitíssimo Onrigado Meus amigos!!!
Um Forre abraço com carinho
Diogo
Amigo Diogo,pela minha parte, eu é que agradeço estas preciosidades que tu "pares" e que me vão enriquecendo.
A maior/melhor sorte do mundo para o teu novo projecto.
Gracias e un fuerte abrazo.
MJCroca
Crocaaaa
Muito Obrigado, levo-vos no coração
Abrazo
DiogoC
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