terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

O DIÁRIO DA MATILDE - O MEU PRIMEIRO ANO DE ESCOLA

HÁ GUERRA NAS ESTRADAS

Eu bem que gostaria de ter coisas mais edificantes para escrever mas, infelizmente, para lá do sossego do lar, no seu início, o novo ano parece tão sombrio quanto o anterior o foi a terminar. O mundo não está muito animador. 

No Iraque continuam as emboscadas sobre as tropas aliadas e ao invés de cerrarem fileiras para imporem um convívio pacífico entre as nações, os países ocidentais parecem apostados em permitir que o terror divida e, com isso, os impeça de enfrentar e controlar os lóbis que têm interesse na insegurança e na miséria que tantas vezes são usadas para justificarem tiranias da pior espécie e que, por sua vez e por um efeito de círculo vicioso, acabam por gerar mais injustiça e a pobreza que a ela sempre vem agarrada. 

Não compreendo como é que as vozes dos democratas não exigem a democracia à escala planetária, contudo, tenho a certeza que só pela partilha desse estado de vivência social poderão os humanos almejar a paz que tão imprescindível é à sobrevivência da espécie. 


E até a Terra parece assustada que depois do Irão, foi a vez de Bali, na Indonésia, sentir um sismo de intensidade de seis vírgula três na escala de Richter. 



Mas o dia de hoje esteve tão bonito que, ao mesmo tempo que mais nos faz deplorar esta nossa história trágica, também nos lembra que, apesar de tudo, o paraíso está aqui, bem ao alcance do nosso bom senso e inteligência. 



Aqui por casa o dia foi dedicado a arrumações dos livros e das tralhas do piolhito e do pardalito que ajudaram a mãe a colocar as coisas no devido lugar. 



E Portugal não poderia ter começado o ano da pior maneira. 
Só nas primeiras vinte e quatro horas faleceram cinco pessoas em acidentes de viação, todos fruto da incivilidade de condutores alcoolizados e em excesso de velocidade. 

Pior que isto só a guerra desencadeada sobre a justiça para que o processo casa pia venha a parir o rato de uma pena que deixe de fora tudo quanto é nome com dinheiro suficiente para fazer parar a produção de provas incriminatórias. 
Cheira a fp que tresanda e a ver vamos se aqueles que colaboraram com a acusação não sairão os únicos condenados. 

Entrámos no plano inclinado em direcção ao Brasil. 


 Alhos Vedros 
   02/01/2004

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