Gato de Sala
Se sentou á mesa o gato,
A torradeira estalou a compasso
E o gato ronronou a vozes mansas,
Da mesa descendo e pelo chão caminhava
Em direcção á porta.
Queimadas as torradas,
Traçadas a fogo puro de tão negras
Como a noite agora vê o gato sentado
No sofá junto á lareira.
Uma fagulha saltou ao tapete,
O gato permaneceu imóvel no seu sonho
Estendido ao comprido no sofá pelo cheiro
Queimado que da cozinha flutua.
O relógio bate meia-noite e a sala vibra
Na altura máxima das estrelas.
É de noite e a vida compõe o esqueleto
Que sustenta o sonho do gato.
Notem bem: Cliquem no nome do poeta que dá jazz, e muitoooo boommm!
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