5. Agostinho da Cruz (1540-1619)
Vivia na corte.
Decide renunciar a tudo e entra para a Ordem Monástica do Convento dos Capuchos, em Sintra. Viveu ermitariamente no Convento da Serra da Arrábida, os últimos 15 anos de vida (1604-1619).
Renúncia ao mundo. Busca dos lugares ermos, dos lugares saudosos. Isolando-se do convívio humano acede-se com mais facilidade aos desígnios divinos. Saudade vertical.
Harmonizada a dualidade entre os contrários pela quietação, o pensamento é anulado: a morte em vida, a união com Deus, conforme a mística cristã.
Para Agostinho da Cruz, só morrendo para o mundo dos homens é possível a libertação:
"Assi com cousas mudas conversando
Com mais quietação dellas aprendo
Que outras que ha, ensinar querem fallando".(in, Agostinho da Cruz, Segredos e Elegias, Ed. Hiena.)
6. Padre António Vieira (1608-1697)
Na interpretação de Vieira, a partir da profecia bíblica de Daniel, o V Império é a implantação do futuro reino de Cristo na Terra. Os anteriores tinham sido o dos assírios, o dos persas, o dos gregos e o dos romanos.
Isso acontecerá quando todos os homens viverem Deus em espírito dentro de si, numa era de globalização ético-religiosa.
A grande vocação de Portugal é ser mediador dessa globalização espiritualista do mundo.
Luis Santos
(Referência Bibliográfica: Síntese de Apontamentos, Aulas de Filosofia em Portugal, Prof. Paulo Borges, 2009)
4 comentários:
Do baú do Paulo Borges e da tua peneira saem sempre coisas interessantes e enriquecedoras.
Por outro lado, parece envolto em sortilégio o nome Agostinho.
Assim de repente identifico já dois que admiro e reverencio.
O blog vai-se cumprindo.
Que maravilha ...
abraço,
mj
Admiras quais?
Agostinho
da Silva e
da Cruz
Ah sim. Estava claro. Falta de atenção da minha parte.
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