Ao dar corpo à manivela,
Gastou o tempo seu calor.
Bem-dita sejas Primavera,
Que o Verão te conserve flor.
Das estações que o ano trás,
Em todo o apeadeiro pára,
O comboio constante faz,
Caminhando o tempo passa.
No Outono a vida caduca,
Espirra o ano decadente,
Tal como o Inverno educa.
Traz o tempo esta tragédia,
No choro das nuvens esperança
Que esta manhã nasça comédia.
Diogo Correia
4 comentários:
Pura e genuína são dois adjectivos, entre outros possíveis, que assentam bem à tua poesia. Se com o amadurecimento conseguires manter esses predicados ficarás a salvo... do envelhecimento espiritual. Por isso elevado valor lhe reconhecemos. Obrigadinho e Abraços.
Amigo Luís
Acredito que isto me possa vir de algum lado, de onde não sei. As palavras saem-me mesmo quando não escrevo. Não tenho muita bagajem literaria ou técnica é certo, mas tenho uma necessidade enorme talvez do tamanho do mundo transmitir algo que nem eu sei o que é. Nessecito destas pequenas coisas como nessecito de água para viver, tirar-me estes pequenos desabafos ou pequenas obras é definitivamente cavar a minha sepultura.
Se não for por arte não serei de outro modo.
Obrigado por tudo
Um grande abraço
Entro nos teus poemas como numa clareira - espaço em branco - sem trilhos.
Aí, tento imaginar o exercício a que te dedicas.
O pulsar frenético da aventura da descoberta plena ou o plágio camuflado que, pretensamente, defenderá o exercício do estilo.
Fico sempre feliz ao perceber que te desnudas e entras, inteiro, no exercício da criação.
É um prazer conhecer-te e, ainda mais, chamar-te de Amigo.
" que força
é essa, que força é essa ..." canta o Sérgio Godinho.
Abraço.
croca
Amigo Croca
Não tenho palavras para descrever!!
O meu muito obrigado por tudo
Retribuindo com o prazer que te levo no coração.
Abraço
Diogo
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