quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Destilando

Parti minh` alma em amargura,
Casco partido de alheia sorte,
O gole que trago é uma doçura,
Meu whisky fatal, doirado e forte.

Deveras sentindo o pensar do mundo,
O tempo que gira e não arreda pé.
Todo eu sou grilo mudo,
Bebendo álcool com tanta fé.

E o passeio que se desfoca,
Tomo ele real, à sua maneira.
Cantando pela calçada torta,
Pensando comigo a noite inteira.

Sozinha existência universal!
Bebendo quebro a realidade,
Indo de um estado natural,
Ao estado zen da mocidade.

Diogo Correia

2 comentários:

MJC disse...

Amigo Diogo,

o pior são as ressacas.

abraço,

mj

Diogo Correia disse...

Amigo Croca!

As ressacas são mesmo o pior
Mas enquanto elas não veem é bom.
As vezes sabe bem divagar um pouco sobre o efeito do alcool :-)

Abraço
Diogo