quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

d´Arte - Conversas na Galeria


Regresso da Faina Autor António Tapadinhas
Óleo sobre tela 80x100cm

Esta tela foi feita a partir duma fotografia tirada por um grande amigo que numa certa altura da sua vida, viajava pelo mundo, como auditor dum banco português. A calma, a paz que se traduz nas cores suaves do entardecer, fascinaram-me desde que a vi. Julgo ter transmitido com fidelidade esses sentimentos, para o quadro.
Passámos muitos anos a ir à pesca, sempre que tínhamos oportunidade. Raro o fim-de-semana que, no Inverno ou no Verão, a nossa equipa não se deslocava para os diversos pesqueiros, de acordo com os estudos científicos (leia-se, palpites) efectuados, para determinar qual o local mais certo para apanhar peixe.
Para não perder o treino, ele procurava nas suas deslocações fazer aquilo que mais gostava: pescar.
Já nessa altura, nos seus relatórios, ele pescava alguns tubarões. Pelos vistos, não os suficientes, atendendo à actual situação dos bancos…

5 comentários:

luis santos disse...

OHHHHH... Coitados dos tubarões. Devem sentir-se menosprezados com os termos da comparação.

Luís F. de A. Gomes disse...

E julgas muito bem, poder-se-ia mesmo dizer que recriaste a paz no olhar. Uma perfeita delícia, esta pintura que nos convida a contemplar e a sentirmo-nos elevar, como se nos olhos tivessemos as asas da alma.

É a festa da vida, não permitamos que a cosa tubarónica a estrague.

Aquele abraço, companheiro
Luís

A.Tapadinhas disse...

Luis Santos: Estes tubarões de fato e gravata são os mais perigosos...

Abraço,
António

A.Tapadinhas disse...

Luís Gomes: Temos de ter muito cuidado, porque a espécie de animal a que nos referimos, "Prionace glauca", tem o seu correspondente no "Colarinhace glauca", uma sub-espécie muito mais perigosa...

...mas não nos pode impedir de ganharmos asas na alma...

...como, muito bem, disseste!

Abraço,
António

luis santos disse...

Asas na alma num mar de-leite, onde nem vento bule, ou não estivessem as velas enroladas. Mas onde o mar mantém a cor do céu, ou seja, onde o que está em baixo é igual ao que está em cima.

Abraço, pois (de) claro, cor de galão.