sábado, 12 de maio de 2012

A dor no sentir das coisas


Ao longe se vê incógnita a morada,
A manivela domável que se alimenta passiva,
O rasgo da loucura pela noite fria,
Courela sagrada, no campo se faz dia.

Oiço-a toda de negrume,
Altiva, alada de casco fúnebre,
Candelabro dourado, magia, perfume,
Sentado pensando e a razão arde em lume.

Aquele alguidar me persegue cantando.
Meu pasmo sereno e a vida passando,
A dor se me pega no cérebro o fandango,
Na minha cabeça alegre dançando.

Altura cipreste a morte anuncia.
Fugindo, arrotando, escrevendo poesia,
Caindo por terra no chão anuncia,
Minh´alma sonhando de noite sofria.


Diogo Correia

3 comentários:

MJC disse...

Amigo Diogo, (pschiu !)
original e intensíssimo como sempre.
Este poema arrepia na pele e comove profundo, na alma.
Que maneira de te dizer que, apesar da minha expectativa sempre elevada relativamente às tuas criações, continuas a conseguir surpreender.

Um grande, grande, Abraço do

Croca

A.Tapadinhas disse...

Diogo: Se me deres autorização gostava de incluir este poema, na minha perfomance poética, VIVA POESIA VIVA...

Ricardo Reis não se vai importar...

Abraço,
António

Diogo Correia disse...

Amigo Croca!

É sempre um enorme prazer partilhar contigo as minhas coisas, o pior é quando um dia a expectativa que depositas em mim falhar eheheheh mas estou certo que nesse dia me irás dizer de um modo sincero e
construtivo que muito te caracteriza.
ehehehhehehehheheheh

Amigo António!

É uma honra demasiada o teu convite, nem sei eu o que fiz para merece-lo ;-))))
Claro que simmmmm
Fico muito agradecido por tal.


Meus amigos!!
O meu muito obrigado por tudo.
Um abraço do tamanho do Universooooooooooooooooo

Diogo