Penso que tenho
algo
Pesa-me na mão
vazia
Algo que seja
material
Mesmo que nada
seja
Estou em
desiquilibrio
Ando sem norte
ou sul
Guino para lá e
para cá
Desvio tropêgo
o passo
Olho para o
finito à vista
Vejo vagamente
pouco
Pressinto só a
ausência
Quando muito
mais ha
Levo tal e qual
o que dá
Trago tudo de
uma vez
Regulo mal a
medida
Meço a litro a
quantia
Há desordem no
andar
Piso a meta sem
lugar
Perco o numero
talvez
Bato no peito à
chegada
Grito em glória
futil
Chamo nomes à
toa
Oiço o eco nos
olhos
Há neles o
perfil sonoro
Viro o futuro
do avesso
Mergulho fundo
o dedo
Aponto-o ali
para o acolá
Acenando à cena
passada...
Escrito em Luanda, Angola, por manuel de sousa, a
15.05.2012, em Dedicação aos Seres Humanos do Futuro...e do Passado...
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