quinta-feira, 12 de julho de 2012

d´Arte - Conversas na Galeria XCVII



Pôr-do-Sol em Alburrica Autor António Tapadinhas

Acrílico sobre Tela 30x40cm

A luz do sol não varia com a hora dos nossos dias. A nossa atmosfera serve de filtro a essa luz que nós vemos que, por uma questão de comodidade, se costuma dividir em seis cores, por ordem de frequência crescente: vermelho, laranja, amarelo, verde, azul e violeta.
Neste quadro, foram estas três primeiras cores que privilegiei, tornando coerente a sua luz/cor visível. Não utilizei o processo científico que estimula a conversão de energia numa porção de luz, como se diz em inglês “light amplification by stimulated emission of radiation” ou, para simplificar, fazendo o acrónimo com as iniciais destas palavras – laser…
Utilizei “apenas” a visão dos humanos: A nossa capacidade de distinguir cores e tons não tem limites definidos...
...tal como a nossa capacidade de amar!


2 comentários:

Luís F. de A. Gomes disse...

Cá está então a peça que vi; o céu em fogo que me fez recordar Mário de Sá Carneiro.

E não sei se foi intencional, mas agora que falas do amor, um sentimento que não sabemos se é ou não apenas humano, lá vem de novo a literatura com o maior de todos os poetas que dele disse ser o fogo que arde e não se vê.

E está bem assim, esta rua pintura escreve, de facto, um belo poema com as cores.

Aquele abraço, companheiro
Luís

A.Tapadinhas disse...

Luís F. de A. Gomes: Ficaremos eternamente (?) com essa dúvida: o amor será apenas humano?

Será que já está estabelecido no bosão de Higgs a "quantidade" de amor disponível e os humanos capturaram todo o que existia?

As respostas não as sei; mas digo-te no que acredito: acho muito redutor dizer que a maneira como um chimpanzé cuida da sua cria, se deve, apenas, ao seu instinto de sobrevivência...

Abraço,
António