quinta-feira, 5 de julho de 2012

d´Arte - Conversas na Galeria XCVI



Pôr-do-sol em Alburrica (Em construção)

Vou mostrar, conforme prometi, um quadro dos moinhos com a luz do pôr-do-sol.
Se na interpretação do amanhecer, não me esqueci dos azuis para sugerir o fresco da manhã, neste, procuro transmitir o calor do Sol inclemente, que se mantém nos areais, nas árvores e nas construções…
O desenho simples com o marcador pode ver-se sob os amarelos, laranjas, vermelhos e rosas, que cobrem toda a tela, como um fogo purificador…


O nosso cérebro está treinado para ver na água a cor azul e a fresquidão que ela sugere. Com essa informação, eu sei que não preciso pintar a água de azul porque o cérebro irá corrigir automaticamente a minha interpretação da realidade…
Se no céu anterior foi vista uma mulher-anjo (não são todas?), neste, espero que descubram o homem-demónio, que vai ficar por lá escondido nas nuvens de fogo…

2 comentários:

Luís F. de A. Gomes disse...

Ainda em construção? Nesse caso foi exposto ainda nessa fase, certo?

Seja como for, e não me perguntes porquê, este céu em fogo remete para a literatura, para a obra - poder-se-á dizer homónima? - de Mário de Sá Carneiro, um ilustre esquecido e nome incontornável das lusas letras, do século passado e daqueles - com esta troikada que por aí anda, poderão ser muitos - que o futuro trará.

A ideia de uma pintura em crescimento é estranha, mas não deixa de ser interessante.

Aquele abraço, companheiro
Luís

A.Tapadinhas disse...

Luís F. de A. Gomes: O meu tempo de pintar não tem o ciclo semanal das entradas...

As fotos foram tiradas entre as sessões de trabalho diário.

Aquele abraço,
António