Cuspo
para o ar e fujo a sete pés...
Largo
da mão os balões cheio de hélio...
Agarro-me
com unhas e dentes à Lua...
Corro
do Sol com o rabo entre pernas...
Desapareço
no horizonte que se vê ao fundo...
Jogo
a moeda ao chão para que alguem a apanhe...
Olho
fortuítamente para o futuro sem o advinhar...
Meto-me
a tentar auto-ler a sina nas costas de outrem...
Vejo
que está tudo escuro e perdido à frente...
Abro
o portão e olhos para passar daqui para lá...
Danço
com todas as silhuetas que aceitam a dança...
Marco
o caminho por onde passo às vezes...
Demarco-me
de tudo o que acontece num instante...
Alio-me
aos factos aleatórios para triunfar...
Toco
flauta de beiços com estes caídos...
Assinalo
adeus sem qualquer intenção disso...
Mostro-me
todo nu de preconceitos descobertos
Cubro-me
de chatices e problemas até à medula
Visto-me
de virtudes que nem ao espelho se notam
Abrigo-me
em locais desabrigados de tudo o mais...
Escrito em Luanda,
Angola, a 15 de Maio de 2014, por Manuel de Sousa, em Comemoração à chegada da
Estação do Cacimbo (Em Angola, só temos as Estações do Cacimbo e do Calor,
tendo esta ultima uma duração de 9 meses e a primeira, uma duração de 3 meses,
ao contrario das Regiões de Clima Temperado, que teem 4 Estações anuais.).
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