Engenheiro Sonhando
O
lavatório vermelho
Banhado
a água e sal púrpura,
Onde
o sangue vidente previa que a massa humana
Deslocar-se-ia
á velocidade da luz racional.
Construções
informáticas no plano paralelo ao mundo civilizado,
Em
que o amor ganha espaço pintando na tela cerebral
As
platónicas paixões do mundo.
Sarah, deserto das mil cores maquinalmente feitas em
estado bruto
Pelas
cordas dos astros que humanamente, naturalmente, cientificamente
E
emocionalmente caminham seguindo a absoluta democracia universal.
Homens,
homens, homens-máquinas,
Seres
humanos tarólogos de si mesmos.
Prevêem
a cada instante o funcionamento da vida
Para
lá de toda a ilusão pensante banhada a ouro.
(de
outro modo a consciência metálica da razão reduziria
A
sua alimentação a pão e água, vazia de somas, equações
Raizes
maltratadas de outras tantas informações)
Pôs-se
o sol que raia do maquinismo patético de acender um cigarro,
As
fábricas dão forma á moldura industrial dos sonhos.
Uma
andorinha voa e poisa no cume duma chaminé fabril que já vai alta,
Encontra
a sensação de um voo metálico dos lavatórios produzidos em massa
Diogo Correia
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