terça-feira, 15 de março de 2016

O DIÁRIO DA MATILDE - O MEU PRIMEIRO ANO DE ESCOLA

UM SIMPÁTICO REGRESSO

Em Israel, o exército, pelo porta-voz do estado maior, vem lembrar que a continuação das operações militares na Cisjordânia pode ter efeitos devastadores para o almejado processo de paz. 

E nós sabemos como o entendimento e a coexistência pacífica entre israelitas e palestinianos são importantes para o futuro da nossa espécie. 

Ali reside a última fronteira da vitória sobre o fanatismo e é de lamentar que os democratas de todo o mundo e do Ocidente, em particular, não sejam capazes de afirmar claramente uma plataforma de apoio a todos aqueles que, no seio daqueles povos, querem ver ali dois países independentes e de preferência prósperos, empenhados na paz e na convivência que são o limiar da cooperação. 
Na verdade, quando apenas reconhecemos o direito de uma das partes, tão só conseguimos reforçar os pontos de vista e as posições das facções mais fundamentalistas uma vez que são essas que propõem as soluções mais desvantajosas para a outra parte. 
E com isso é a situação de guerra que permanece; nem o estado de Israel pode aceitar uma posição de vulnerabilidade, nem as forças terroristas podem ser contidas e suprimidas por meios estritamente militares. 

Do lado de Telaviv são conhecidas as vozes que falam do calar das armas e de concessões tão impensáveis como o regresso às fronteiras de sessenta e sete. 
Infelizmente não há correspondência das autoridades palestinianas e a tirania que exercem sobre o seu povo não permite que a opinião democrática cresça, se afirme e venha a preponderar sobre as forças que fazem da violência e da morte os melhores dos seus argumentos. 

Nestes tempos de horizonte obscurecido, faltam os homens que acreditam serem preferíveis as dores da liberdade à quietude das sociedades tuteladas. 



Livros Escolares da Margarida, I 

“Queremos Ser Livres”, 4º. Ano, sob coordenação do Secretariado Nacional da Educação Cristã; trata-se da décima terceira edição, deste ano e é publicado por aquele secretariado, para a educação moral e religiosa católica do primeiro ciclo do ensino básico. 



Este ano regressou a educação moral e religiosa no conteúdo do tempo escolar normal. Uma hora de quinze em quinze dias não me parece que possa pôr em causa o bom decurso das matérias e parece-me suficiente para transmitir os princípios de uma certa maneira de ver o mundo. 



Mas a Matilde é cá uma raposa. 
Ainda há pouco estávamos os dois na varanda e como eu fui o primeiro a voltar para dentro pedi-lhe que fechasse a porta. Pois não é que ela retorquiu de imediato: 
“-O primeiro a entrar é que fecha a porta.” –E continuou sem se voltar em conformidade com a pose de uma última palavra sobre um qualquer assunto. 



Hoje os alunos continuaram os exercícios em torno da palavra menina e menino se bem que, desta vez, esse fosse, igualmente, o ponto de partida para o Estudo do Meio em que as crianças começaram a caracterizar as respectivas identidades. 



Afinal não vão haver mexidas no domínio das áreas protegidas. 
O ministro do ambiente teve nota positiva quando se mostrou veementemente contra a hipotética mudança. 
Da parte do governo veio o comentário que nada disso esteve em causa. 
Ainda bem que o bom senso prevaleceu. 

Portugal continua a singrar o trilho do paraíso para o mundo do crime. 
Esperemos não vir a ser um destino para férias sexuais na Europa. 


 Alhos Vedros 
   29/10/2003

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