UM SIMPÁTICO REGRESSO
Em Israel, o exército, pelo porta-voz do estado maior, vem lembrar que a continuação das operações militares na Cisjordânia pode ter efeitos devastadores para o almejado processo de paz.
E nós sabemos como o entendimento e a coexistência pacífica entre israelitas e palestinianos são importantes para o futuro da nossa espécie.
Ali reside a última fronteira da vitória sobre o fanatismo e é de lamentar que os democratas de todo o mundo e do Ocidente, em particular, não sejam capazes de afirmar claramente uma plataforma de apoio a todos aqueles que, no seio daqueles povos, querem ver ali dois países independentes e de preferência prósperos, empenhados na paz e na convivência que são o limiar da cooperação.
Na verdade, quando apenas reconhecemos o direito de uma das partes, tão só conseguimos reforçar os pontos de vista e as posições das facções mais fundamentalistas uma vez que são essas que propõem as soluções mais desvantajosas para a outra parte.
E com isso é a situação de guerra que permanece; nem o estado de Israel pode aceitar uma posição de vulnerabilidade, nem as forças terroristas podem ser contidas e suprimidas por meios estritamente militares.
Do lado de Telaviv são conhecidas as vozes que falam do calar das armas e de concessões tão impensáveis como o regresso às fronteiras de sessenta e sete.
Infelizmente não há correspondência das autoridades palestinianas e a tirania que exercem sobre o seu povo não permite que a opinião democrática cresça, se afirme e venha a preponderar sobre as forças que fazem da violência e da morte os melhores dos seus argumentos.
Nestes tempos de horizonte obscurecido, faltam os homens que acreditam serem preferíveis as dores da liberdade à quietude das sociedades tuteladas.
Livros Escolares da Margarida, I
“Queremos Ser Livres”, 4º. Ano, sob coordenação do Secretariado Nacional da Educação Cristã; trata-se da décima terceira edição, deste ano e é publicado por aquele secretariado, para a educação moral e religiosa católica do primeiro ciclo do ensino básico.
Este ano regressou a educação moral e religiosa no conteúdo do tempo escolar normal. Uma hora de quinze em quinze dias não me parece que possa pôr em causa o bom decurso das matérias e parece-me suficiente para transmitir os princípios de uma certa maneira de ver o mundo.
Mas a Matilde é cá uma raposa.
Ainda há pouco estávamos os dois na varanda e como eu fui o primeiro a voltar para dentro pedi-lhe que fechasse a porta. Pois não é que ela retorquiu de imediato:
“-O primeiro a entrar é que fecha a porta.” –E continuou sem se voltar em conformidade com a pose de uma última palavra sobre um qualquer assunto.
Hoje os alunos continuaram os exercícios em torno da palavra menina e menino se bem que, desta vez, esse fosse, igualmente, o ponto de partida para o Estudo do Meio em que as crianças começaram a caracterizar as respectivas identidades.
Afinal não vão haver mexidas no domínio das áreas protegidas.
O ministro do ambiente teve nota positiva quando se mostrou veementemente contra a hipotética mudança.
Da parte do governo veio o comentário que nada disso esteve em causa.
Ainda bem que o bom senso prevaleceu.
Portugal continua a singrar o trilho do paraíso para o mundo do crime.
Esperemos não vir a ser um destino para férias sexuais na Europa.
Alhos Vedros
29/10/2003
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