“Fluindo Absorto pelo Destino Observado…”
Navego a meio de bravas ondas…
Vou manso que nem um cordeiro
Assobio para os males espantar
Ajeito as feições para entrar na festa
Enfio-me no seio da turba de gente
Passo a pertencer ao mundo incógnito
Levo fogo na nuca que nem um vulcão
Carrego a actividade de uma fogueira acesa
Levanto a garupa durante o frenesim da corrida…
Penso em subir a íngreme subida da Torre de Babel…
Nada quero deixar para trás para alem do remorso
Trago somente comigo o pensamento complexo
Sem nexo algum na mochila que porto às costas
Vergo-me para a frente para chegar célere ao cume
Quero que se me abram as portas do Céu e da Terra
Antes mesmo que se passe a falar novas linguagens
Seja pela ambição alheia ou por interesses impróprios
Porque nao tenho intenções de alterar a verbalidade…
Troco de camisa e de clube para prosseguir viagem…
Decido ir por turvas paisagens sem côr explícita
Preparo o pincel ao longo do curso sinuoso
Insinuo-o-me em tons dúbios e animalescos
Puxo para o caminho certo a quem a mim se achega
Injecto-me misturado com a liquidez das matizes
Penetro em cada buraco e em cada físsura dos muros
Enfio-me disciplinado por entre finos buracos de agulhas
Comprometo-me em ser mais uma de entre trilhões de vidas…
…Vagueando por entre Estrelas feitas e pela fluídez da Alma
…Movendo-me umas vezes sem pressa e tambem vagarosamente
…Levando na bagagem a mente preprogramada do Destino Divino…
Escrito em Luanda, Angola, a 18 de Dezembro de 2010, por manuel de sousa, em Homenagem a todos os Sêres Celulares da Vida, e cujo motor é impulsionado pelo Plano Inteligente da Una Inteligência Cósmica, que a todo o Universo Administra e Destina e ao qual, dá ou imprime ordem sequencial e de certa forma, empresta tambem harmonia, apesar de toda uma confusa e destruidora desordem aparente, que nos dias de hoje, vamos tendo ocasião de observar através dos cada vez mais potentes e precisos Observatórios/Telescópios Celestes…
Sem comentários:
Enviar um comentário