quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Manhã cedo da alma

Dedicado a
“por vezes a lareira”
de José Félix

Em Dezembro,”por vezes a lareira”

na manhã cedo

da alma inteira, o homem

no homem das emoções

profundas rente á parede

num desassossego de angustia



vago luar ainda nos sonhos

desta noite, entre a solidez

das cerejas destruíram a falta

de afecto como a tarde de

sol, batendo no outro sol do

desassossego do poema

no cuidado da limador que

comigo escreve sem metafísica

no interior da sombra dos teus

seios íntegros de Inverno

numa linguagem requintada de

tantos beijos, olho-te e

só vejo os seios da terra trabalhada

como o relógio do

descanso – vivo na realidade interior,

fascina-me a minha mão

a tua mão agora na rocha e na escarpa,

vamos subir

José Gil
http://joseamilcarcapinhagil.blogspot.com/

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