domingo, 2 de janeiro de 2011

Sobre os Judeus Portugueses

Muitos dos Judeus Portugueses de Amesterdão, antigos cristãos-novos, eram filhos e netos de cristãos-velhos, fruto dos inúmeros e bem documentados casamentos entre as duas comunidades, num esforço de assimilação conforme à legislação manuelina, particularmente pelas famílias nobres portuguesas que, atraídas por vultuosos dotes, emprestavam os seus pergaminhos aos antigos Filhos de Israel (era corrente dizer-se, sem exagero nenhum, que não havia nobre português que não tivesse sangue hebraico)

Hoje esta realidade – fruto da migração interna nos séculos XIX e XX – abarca seguramente o conjunto da população portuguesa, tornando os portugueses o mais hebraico dos povos europeus. De resto os estudos genéticos assim o comprovam.

(Adaptado do texto "Anusim(1) portugueses: O farol de Amesterdão" de Samuel Galazak no http://dasserpentes.blogspot.com/2009/12/anusim-portugueses-o-farol-de.html)

(1)ANUSIN é o termo hebraico usado para designar os marranos e significa “FORÇADOS”. Benei-anusim significa filhos ou descendentes daqueles forçados a se converter, ou marranos.
MARRANO, o termo pode ter suas raízes na palavra árabe “máhram”, que significa “coisa proibida”. Com essa palavra designam o cervo (porco), já que este animal era proibido tanto para os muçulmanos como para os judeus. Na Espanha, a palavra é usada para chamar o leitão, ou cervo (porco) jovem. Para mais denegrir os judeus, que forçados a se converter ao cristianismo ou à morte na fogueira como opção pela conversão, eles chamavam a estes conversos de novos-cristãos ou marranos.
Os marranos do Nordeste brasileiro tinham um significado completamente diferente na palavra. Encontram a raiz na junção de duas palavras hebraicas: MAR (amargo) + UNA (nós). Desta união surge a palavra MARANU que significa, em hebraico, Nossa Amargura.
Adaptado de http://www.blogdoatheneu.org/blog/?p=1141

Margarida Castro
(in, dialogos_lusofonos@yahoogrupos.com.br )

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