sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

“Sombreadas Faces De Nãos E Sins”


Fechado e aberto estou simulado…


Sacei-o-me imaginando…

Sabôres derretem-se-me na boca inerte…


Observo só…

Estou solitário…

Tenho alguém escondido na orla…


Vivo de olhar…

Inspiro-me de têr e de ar…

Enlevo-me de tão rarefeita sagacidade…

Anulo-me perante a natureza atómica…


O momento é todo seu e de outros…

Eu talvez…

O sonho tambem…

A janela fica aberta para o Mundo…

Já da paisagem nada direi!...


O segredo sabê-lo-ei reter…

Viverá apertado na garganta…

Seja como espinha…

Ou seja como osso entalado…

Porque dele só sentirei a comichão…

Que guardarei como tesouro autêntico…


Estou quase absolêto…

Vou absorto…

A lugar que não sei…

Vamos indo a dois juntos…

Mãos e almas agarradas…

Vem nelas uma esperanca inegável…

Há fogo de artificio e explosÃo nas expressões…


As faces dançam mascaradas noite adentro…

Tudo entra e tudo sai…

Vulcões feitos pessoas rugem…

Os passos são trocados e confusos…

Ouve-se a surdina do despique físico…

As montanhas roçam umas nas outras e nos vales…

Paisagens vão e vêm de lá para cá…

E algo novo renasce num sim de mim…

Sente-se o rosnar da selva nos cérebros de ambos…


Escrito em Luanda, Angola, a 6 de Janeiro de 2011, por manuel duarte de sousa, inspirados nas palavras da Poetisa Angolana Amélia da Lomba e nas Pinturas Fantásticas de um dos maiores Mestres da Pintura Africana, o Pintor e Poeta Malangatana, de Moçambique e Cidadão do Mundo…, a quem se Homenagia aqui e cuja morte recentíssima, nos deixa a todos consternados e desalentados…

Estamos Juntos na voz de todos os Lusófonos de Bem e de Boa Intenção e solidários com a Família enlutada…

Ao DEUS MAIOR de todos nós, que o receba de ALMA aberta, de volta, ao/em seu Universal Cósmico Sagrado Seio…

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