Fechado e aberto estou simulado…
Sacei-o-me imaginando…
Sabôres derretem-se-me na boca inerte…
Observo só…
Estou solitário…
Tenho alguém escondido na orla…
Vivo de olhar…
Inspiro-me de têr e de ar…
Enlevo-me de tão rarefeita sagacidade…
Anulo-me perante a natureza atómica…
O momento é todo seu e de outros…
Eu talvez…
O sonho tambem…
A janela fica aberta para o Mundo…
Já da paisagem nada direi!...
O segredo sabê-lo-ei reter…
Viverá apertado na garganta…
Seja como espinha…
Ou seja como osso entalado…
Porque dele só sentirei a comichão…
Que guardarei como tesouro autêntico…
Estou quase absolêto…
Vou absorto…
A lugar que não sei…
Vamos indo a dois juntos…
Mãos e almas agarradas…
Vem nelas uma esperanca inegável…
Há fogo de artificio e explosÃo nas expressões…
As faces dançam mascaradas noite adentro…
Tudo entra e tudo sai…
Vulcões feitos pessoas rugem…
Os passos são trocados e confusos…
Ouve-se a surdina do despique físico…
As montanhas roçam umas nas outras e nos vales…
Paisagens vão e vêm de lá para cá…
E algo novo renasce num sim de mim…
Sente-se o rosnar da selva nos cérebros de ambos…
Escrito em Luanda, Angola, a 6 de Janeiro de 2011, por manuel duarte de sousa, inspirados nas palavras da Poetisa Angolana Amélia da Lomba e nas Pinturas Fantásticas de um dos maiores Mestres da Pintura Africana, o Pintor e Poeta Malangatana, de Moçambique e Cidadão do Mundo…, a quem se Homenagia aqui e cuja morte recentíssima, nos deixa a todos consternados e desalentados…
Estamos Juntos na voz de todos os Lusófonos de Bem e de Boa Intenção e solidários com a Família enlutada…
Ao DEUS MAIOR de todos nós, que o receba de ALMA aberta, de volta, ao/em seu Universal Cósmico Sagrado Seio…
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