domingo, 20 de outubro de 2013






Ainda há pouco, o poema

 



Não foi de chuva
o Outono
este ano.
Foi
amarelos,
castanhos e
dourados
nas árvores
que eu amo
e me amam.
Abraçaram-me
e eu, comovi-me.
Até chorei.
Ninguém viu,
mas eu sei.


MJ Croca



Foto: Edgar Cantante

2 comentários:

Amélia Oliveira disse...

MJC,
O Outono não é para todos, sabes?
Alguns de nós somos do Verão, dos pés descalços, chapéus de palha e banhos de mar.
E onde uns encontram uma doce melancolia, os outros, os do Verão,encontram apenas uma triste canção...
E no despir das árvores há os que vêm cores – os amarelos, os dourados, os castanhos avermelhados - mas nós, os que pertencemos ao Verão, apenas vimos o que parecem lágrimas, que deixam a nú troncos e ramos descarnados.

Mas também há o Outono 'pintado' pelos olhos dos artistas – e, esse sim, transporta-nos até um lugar em que furacão algum será jamais capaz de derrubar as ‘pessoas-árvores’! Porque esse é o Outono que nos faz ver coisas belas.
Parabéns pelo teu texto belíssimo.
Abraço,
Amélia

Amélia Oliveira disse...

'(...) há os que vêem cores(...)'
(do verbo ver, naturalmente, como se pode depreender pelo contexto)- desculpas pelo erro :(