BARCO
elixir
remédio
amargo: corpo dolorido ao tempo
delicado. A dedicação oxida
no terminar dos dias.
Observo pessoas voltando
para suas casas. O remédio
amarga a boca. O retorno
no imenso e doloroso
rio: o barco aporta
CORDEIRO
Dedico o poema
à lenda do cordeiro sem cabeça
dos confins do universo
peço a gentileza da devolução
das ofensas proferidas em verbos.
Recito o verso atravessado
no espaço entre desencontros
e a vontade de estar junto.
Ofereço minha cabeça a prêmio
satisfeito na ilusão da permanência.
2 comentários:
Caríssimo Luís, mais uma vez, grato pela distinção. O link está no meu blog e no meu perfil do google+. Abraços. Pedro
Igualmente gratos, caro Pedro.
Abraços.
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