domingo, 18 de outubro de 2015

 
MIRADOURO 34/2015
 
esta rúbrica não respeita as normas do acordo ortográfico
 

Foto de João Ramos 
 
Não sei se eram reflexos na água ou no espelho dos meus olhos marejados projectando-se de mim em mim.
As cores eram de Outono e os vultos distorcidos num sucumbir de desalento.
Algo morria ou, então, adormecia apenas.
Mas detectava-se um rumorejar novo e ascendente na eclosão de um colorido emergente.
 A sucessão das estações a anunciar-se  no ventre líquido da terra.


Manuel João Croca

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