Quebra-se o tempo
ao meu amor eterno este jardim mineiro, Solange
ao meu amor eterno este jardim mineiro, Solange
quebra-se o tempo nos teus recantos em que tu entras
sozinha em ti na rosácea do telefone de
cristal, um arroz
de feijão para dormir toda a flor e vagem da
tarde quente
o corpo dobra-se num tempo único ao pleno sol
absoluto
como um Deus nesta entrada do Outono, Outubro
a dentro
castanhas que regressam para acompanhar a
carne assada,
entre-campos, campo grande nova caminhada para
salvar
as pernas e deitar-me contigo pretinha na
relva fresca
do jardim antigo onde os estudantes celebram
suas praxes
sem paredes, sem portas nem janelas para
derrubar, procuro-te
de capa preta, académica,
José Gil
1 de Outubro 2015
7h
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