MIRADOURO 35/2015
esta rubrica não respeita as normas do acordo ortográfico
SIGAMOS.
EM FRENTE, CLARO.
Falavas-me
de um estado de tristeza, assim como de um buraco dentro de ti, de sussurros ou
apelos que ouvias mas de que não tinhas a certeza.
Algo
no agora mas que vinha de trás, do breu de um passado que apenas escutaras já
que não te tinha sido dado lá morar.
Algo sombrio de que querias fugir e de ti expurgar.
São
fundas as marcas dos percursos colectivos e, quando deixam traumas, chegam devagar
e ferindo os ais que se queriam contidos, porque se não pode esconder o que não
pode ser esquecido.
Pois
é, para fazer o futuro é preciso, às vezes, ir ao passado para que não retrocedamos
para um caminho já andado.
Gostamos
de espaços abertos não queremos caminhos fechados.
Foto de Edgar Cantante
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