domingo, 25 de outubro de 2015

 
 
MIRADOURO 35/2015
esta rubrica não respeita as normas do acordo ortográfico
 
 
SIGAMOS.
EM FRENTE, CLARO.
 
Falavas-me de um estado de tristeza, assim como de um buraco dentro de ti, de sussurros ou apelos que ouvias mas de que não tinhas a certeza.
Algo no agora mas que vinha de trás, do breu de um passado que apenas escutaras já que não te tinha sido dado lá morar.
Algo sombrio de que querias fugir e de ti expurgar.
São fundas as marcas dos percursos colectivos e, quando deixam traumas, chegam devagar e ferindo os ais que se queriam contidos, porque se não pode esconder o que não pode ser esquecido.
Pois é, para fazer o futuro é preciso, às vezes, ir ao passado para que não retrocedamos para um caminho já andado.
Gostamos de espaços abertos não queremos caminhos fechados.



Foto de Edgar Cantante

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