O ser humano acredita ser a mente individual um pólo coordenador de tudo o que se passa em si e à sua volta. Acreditando nisso, toda a sua aprendizagem foi acumulada e armazenada, sendo posteriormente consultada a cada segundo da sua actividade.
É normal tudo isto escrito até agora. O que sai fora dessa crença, educação, poderá ser considerada incómoda, profana. Então entremos dentro do que poderá ser considerado " anormal ". Subtilmente, consideremo-lo apenas mais uma opinião.
Toda a vida é mudança, actividade, acção. Pode não ser visível, mas está sempre presente. O novo é actualização constante.
A mente existe, está lá, é para ser respeitada, mas não nos poderá ajudar na compreensão evolutiva cósmica. A dança entre dois bailarinos, prevê o desempenho individual, mas também o conhecimento dos passos do outro, para que o bailado seja harmonioso. A mente não aceita companheiro, crê-se auto-suficiente, mas move-se em áreas pré-estabelecidas, limitadas.Tem medo do desconhecido, do não analisado.
O novo, na sua infinita caminhada não tem limites. É criativo a todo o momento. Não pode ser questionado pela mente, pois sabe pertencer a uma área a que esta não tem acesso. Não tem passado, nem futuro, apenas presente, vive no Agora.
Permitamos então a nós próprios admitirmos que a mente pode apenas ser um instrumento na caminhada que todos fazemos, mas não o único, e que na espiral evolutiva em que estamos todos inseridos, outros nos poderão ser dados para adquirirmos uma consciência que nos levará a participar num bailado cósmico, sem limites, responsáveis e co-criadores.
antonio alfacinha
alfa2749@yahoo.com.br
1 comentário:
Belo texto.
"O novo vive no Agora... em actualização constante...é criativo a todo o momento."
Como uma flecha que, no eterno momento, atravessa o infinito espaço-tempo.
Mas, como o texto promete sem que o concretize, que outros instrumentos velados(?) temos para além da mente que melhor nos farão dançar com as estrelas, em luminoso bailado? Será que é matéria para um próximo texto?
Abraço.
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