Gravar o momento e falar da natureza primordial
da mente inata fundamental da clara luz
do nosso património colectivo, absoluto:
o rosto fixa-se e as energias pulsam
os olhos brilham e iluminando-se tudo iluminam
as células acaloram-se e rejubilam
tudo está integralmente certo a cada instante
todo o ser é naturalmente compassivo
sendo um aparente vácuo tudo está cheio
os amigos que nos envolvem são todos um.
O coração aconchega-se e a mente acalma-se.
Como é bom andar ao Deus dará
no eterno agora
onde tudo o que acontece é perfeito.
Poema feito em final de aula sobre Dzogchen em estado de "consciência clara relativa…", porque poderia acontecer noutro lado, a partir de outras ocorrências que não necessariamente palavras.
Luis Santos
2 comentários:
Gostei do poema.
Fiquei intrigado com algumas palavras, que desconhecia.
:(
Consultei o Ser que tudo sabe (para que não restem dúvidas, Google) e li: Dzogchen é o maior e mais definitivo caminho para a iluminação.
E então fiquei iluminado! Assim é fácil fazer poesia!
Será que também seve para outras coisas, entenda-se, pintar?
:)
Brincadeira! O lugar "onde tudo o que acontece é perfeito", para mim, tem um nome: Terra! Aqui e agora! Aproveitem!
Abraço,
António
Pincéis e tintas são coisas que não uso. O meu negócio são palavras. Portanto, digamos que é assim como uma pintura a preto e branco. Imagino que o Dzogchen para os pintores que gostem do género não deve ser mau. Não sei ao certo, não conheço nenhum.
Agora, é claro, que a Terra por si só não existe. Senão para quem brilhariam as estrelas à noite? Mas lá que é perfeita, é!
Abraço,
Luis.
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