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Foto de António Tapadinhas
Quando falamos de moinhos, quase sempre nos lembramos de Dom Quixote. Desta vez, vou falar de um moinho diferente, mas igual, porque também é de vento.
O moinho que visitei é De Kat, na aldeia de Kalverringdijk (não sei como se pode pronunciar este nome), perto de Amesterdão.
O que ele tem de especial é que continua a dar cor à vida!
Por volta de 1600 eram importadas diferentes variedades de madeiras tropicais, que depois de diversos tratamentos eram reduzidas a pó nos moinhos e transformadas em pigmentos para serem utilizados na pintura.
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Foto de António Tapadinhas
Mais tarde, os moleiros também começaram a moer as pedras coloridas que eram trazidas das pedreiras próximas, transformando-as em pigmentos de terra.
Dos mil moinhos de vento que fizeram da região a mais antiga zona industrial do mundo, existem, actualmente, vinte moinhos.
Este de que vos falo, talvez seja o último moinho de vento para produzir tinta que existe no mundo.
Vou utilizar os seus pigmentos para fazer os meus próximos quadros. Com os novos pigmentos e a ajuda de Van Gogh não terei desculpa para um mau resultado!
Texto de António Tapadinhas
3 comentários:
Mal posso esperar pelo resultado!... Entretanto, este pequeno texto que escreves, serve para acrescentar algo de extraordinário ao meu conhecimento - não fazia a mais pequena ideia da existência destes pigmentos e da forma de os fabricar...
Dentro em breve, terás novidades.
Uma das histórias mais interessantes sobre os pigmentos é a do azul ultramarino, a designação dada a um pigmento de origem natural, de cor azul-escura, obtido a partir do lápis-lazúli, uma pedra semi-preciosa, que durante muitos séculos provinha quase exclusivamente de uma certa região do actual Afeganistão - daí o seu nome, ultramarino, porque vinha do outro lado do mar
Na Idade Média, era o pigmento azul com cor mais intensa e mais estável. A sua origem remota, o laborioso processo de preparação (só parte das pedras podiam ser utilizadas para o pigmento) e a sua cor, fazia com que tivesse o estatuto de material precioso e, portanto, um muito elevado preço. Nalguns contratos, os pintores eram obrigados a usar azul ultramarino e outros estabeleciam que o pigmento era pago à parte como acontecia com o ouro.
Num concurso realizado em França, com um elevado prémio, surge o azul ultramarino sintético, no ano de 1828, que levam à gradual substituição do lápis-lazuli e ao seu desaparecimento das paletas dos pintores.
Agora é tudo mais fácil: vai-se à loja e compra-se a tinta pronta a usar...
:)
Abraço,
António
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