terça-feira, 22 de junho de 2010

OS MOINHOS DE VAN GOGH


Foto de António Tapadinhas

Quando falamos de moinhos, quase sempre nos lembramos de Dom Quixote. Desta vez, vou falar de um moinho diferente, mas igual, porque também é de vento.
O moinho que visitei é De Kat, na aldeia de Kalverringdijk (não sei como se pode pronunciar este nome), perto de Amesterdão.
O que ele tem de especial é que continua a dar cor à vida!
Por volta de 1600 eram importadas diferentes variedades de madeiras tropicais, que depois de diversos tratamentos eram reduzidas a pó nos moinhos e transformadas em pigmentos para serem utilizados na pintura.

Foto de António Tapadinhas

Mais tarde, os moleiros também começaram a moer as pedras coloridas que eram trazidas das pedreiras próximas, transformando-as em pigmentos de terra.
Dos mil moinhos de vento que fizeram da região a mais antiga zona industrial do mundo, existem, actualmente, vinte moinhos.
Este de que vos falo, talvez seja o último moinho de vento para produzir tinta que existe no mundo.
Vou utilizar os seus pigmentos para fazer os meus próximos quadros. Com os novos pigmentos e a ajuda de Van Gogh não terei desculpa para um mau resultado!

Texto de António Tapadinhas

3 comentários:

aliusvetus disse...

Mal posso esperar pelo resultado!... Entretanto, este pequeno texto que escreves, serve para acrescentar algo de extraordinário ao meu conhecimento - não fazia a mais pequena ideia da existência destes pigmentos e da forma de os fabricar...

A.Tapadinhas disse...

Dentro em breve, terás novidades.

Uma das histórias mais interessantes sobre os pigmentos é a do azul ultramarino, a designação dada a um pigmento de origem natural, de cor azul-escura, obtido a partir do lápis-lazúli, uma pedra semi-preciosa, que durante muitos séculos provinha quase exclusivamente de uma certa região do actual Afeganistão - daí o seu nome, ultramarino, porque vinha do outro lado do mar

Na Idade Média, era o pigmento azul com cor mais intensa e mais estável. A sua origem remota, o laborioso processo de preparação (só parte das pedras podiam ser utilizadas para o pigmento) e a sua cor, fazia com que tivesse o estatuto de material precioso e, portanto, um muito elevado preço. Nalguns contratos, os pintores eram obrigados a usar azul ultramarino e outros estabeleciam que o pigmento era pago à parte como acontecia com o ouro.

Num concurso realizado em França, com um elevado prémio, surge o azul ultramarino sintético, no ano de 1828, que levam à gradual substituição do lápis-lazuli e ao seu desaparecimento das paletas dos pintores.

Agora é tudo mais fácil: vai-se à loja e compra-se a tinta pronta a usar...
:)
Abraço,
António

Anónimo disse...

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