Tudo o que é exterior ao espírito produz significações reactivas
Na tentativa de racionalizar o acto intuitivo e de fixá-lo num suporte a que o outro entenda, sem que sejam necessárias verbalizações, muita coisa poderá ficar sem ser fixada. Quando entramos no campo do subtil, a materialização do ímpeto interior sustenta-se por si só, tornando-se una com a envolvente e a envolvência de quem frui e se permite à fluição desse instante.
A árvore é uma árvore, ganha vida nos jogos de sombra. A sua silhueta é a essência da sua própria vida, a que constrói com um outro, nessa relação de troca subtil. Troca essa, que se complexifica na simplicidade do acto de se ser. Ser esse, que se traça numa linha ténue por vezes recta, por vezes curva, por vezes vazia de conteúdo e outras vezes ainda carregada de sombras.
As raízes alimentam-na, mantém-na atenta à consciência de que existe uma realidade que dá forma ao tronco, este sustenta-a na sua relação com o térreo, querendo sempre alcançar o etéreo com os seus ramos. E é nessa tentativa de querer abraçar o vento que todo o silêncio ecoa.
O silêncio ecoa no movimento
A palavra ecoa no irreflectido/reflectido
A acção ecoa na materialidada
Somos assim...nas variações de se ser
Maribel Sobreira, Julho de 2009
Texto no âmbito da instalação "Espaço" no www.projectoasala.blogspot.com/2009/07/maribel-sobreiraespacoquarta-feira-22.html
pormenor da instalação "Espaço", Maribel Sobreira 2009.
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