Uma Revista que se pretende livre, tendo até a liberdade de o não ser. Livre na divisa, imprevisível na senha. Este "Estudo Geral", também virado à participação local, lembra a fundação do "Estudo Geral" em Portugal, lá longe no ido século XIII, por D. Dinis, "o plantador das naus a haver", como lhe chama Fernando Pessoa em "Mensagem". Coordenação de Edição: Luís Santos.
quinta-feira, 28 de outubro de 2010
d´Arte - Conversas na Galeria IX
Cais de Alhos Vedros Autor António Tapadinhas
Acrílico sobre Tela 30x40cm (em construção)
DEPOIS DE VAN GOGH
Na minha visita ao museu Van Gogh, em Amesterdão, fiquei com algumas certezas e muitas dúvidas.
Na análise dos seus desenhos, fiquei com a certeza que, afinal, ele preparava os seus quadros ao pormenor, com a indicação da fonte de luz e os seus traços dados com a direcção e intensidade que permitiam a aparente espontaneidade da sua pincelada. Num dos retratos, inacabado, é visível a quadrícula que utilizou para respeitar as proporções do modelo.
Sobre as dúvidas falaremos depois.
Neste meu desenho, não indico a direcção da pincelada, mas está garantida a sua espontaneidade, pois tenciono cobrir toda a tela com este vibrante Cadmium Yellow Médium Hue…
Quero que este amarelo fique a cintilar por debaixo das cores que o vão cobrir!
Vou continuar o meu trabalho.
Até para a semana!
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3 comentários:
Ainda se ouvem os barcos reais
a atracarem ao Cais.
Aqui saíu a Ínclita Geração para falar com D. João, seu pai,
sobre a ida a Ceuta, primeiro momento da Expansão.
Período da História de Portugal pintado a Cadmium Yellow, tinta para estudantes, ou como se pintava Dantes.
Diz-nos o cronista Zurara que o encontro foi no Palácio da Graça onde o rei descansara do luto.
Tinha falecido uma Rainha de Portugal, Dona Filipa de Lencastre.
Será que ele disse mesmo Palácio da Graça?
Daria, então, Portugal "novos mundos ao mundo, como diria nos seus sermões Luís Vaz de Camões,
e deixou abraços.
Graças (esta não tem a ver com a outra, a do Palácio) a ti, na próxima vez que olhar o cais do descarregador, irei olhar com redobrada atenção para tentar vislumbrar os vultos das figuras que passaram por este histórico lugar. Estarei particularmente atento se for no crepúsculo ou no amanhecer, pois é quando os fantasmas têm maior tendência para se mostrar...
Nem quero sequer pensar no que acontecerá, se for numa manhã de nevoeiro...
Abraço,
António
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