As rosas do meu quintal não murcham
Jamais se lhes acaba o perfume raro
Levo-as para todo o lado e até na mente
Sonho com um imenso jardim cheio delas...
Quem me dera ser a vida assim ajardinada
Onde somente o sussuro da brisa nos afaga
Os momentos em que a tristeza se nos acerca
Limpando em nossos corações as mazelas...
Vou correndo descompassado em tom de alegria
Sorrio a quem comigo cruza olhos de espanto
Rio de imaginar a força do rio a correr sadio
Visualizo a terra sedenta bebendo sua seiva...
Tanto tenho para contar e compartilhar
Que nao sei se começar por aqui ou por mim
Vendo que há algo esquecido bem lá dentro
Alguma coisa que soa a segredo oculto no íntimo...
Caminho pela beira em companhia das sombras
Agarro a luz tão desprevenidamente que me surpreende
Vou relendo a escrita em código gravada na calçada
Recorda-me de lembranças de reencarnações inexistentes...
Escrito em Luanda, Angola, a 05 de Setembro de 2010, por manuel de sousa, em Homenagem à Água e à rica rega com que ela alimenta a sendenta Vida Material...
Sem comentários:
Enviar um comentário