domingo, 3 de agosto de 2014


28 / 2014

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que há linhas que dividem o mundo que habitamos retalhando-o e retalhando-nos.
 Claras e evidentes umas, agredindo valores que julgávamos invioláveis e brutais
mais subtis e menos palpáveis outras mas, admitimos, igualmente prejudiciais
nos muros que erguem ou trincheiras que cavam, dividindo-nos.

 se o amor é porta que tudo abre e constrói
a indiferença é a que tudo fecha e destrói.

nos e pelos caminhos percorridos, algo se deduz e emerge da reflexão:
o tempo urge e é preciso construir pontes e canais
com bom-senso e no respeito pelos direitos essenciais
no sentido e em serviço do escutar do coração.

     
   Manuel João Croca



Fotos: Edgar Cantante

2 comentários:

A.Tapadinhas disse...

"em serviço do escutar do coração"

O problema é que alguns não têm coração, outros não têm ouvidos...

...e muitos outros não têm memória, pois já condenaram aquilo que fazem agora.
Se queres conhecer um canalha, dá-lhe poder!

Palavras fortes e com estética apurada.

Abraço,
António

estudo geral disse...

Pois é António.

Mas, ainda assim, podemos permitir-nos verbalizar o desencanto na esperança que outros ventos tragam outras sementes.
Ou para, pelo menos, ficarmos menos embuchados.

Abraço.

MJC