terça-feira, 12 de agosto de 2014

FANTASIANA E OUTROS LUGARES

Portugal
Irreal!
País que vive,
Que chora e pouco ri
(só em alturas marcadas no calendário!),
País que alguém apelidou de “jardim à beira-mar plantado”,
Mas que, hoje, não passa de
Um jardim de ervas daninhas,
Uma faixa de terra que se quer atirar ao mar,
Que se quer deixar engolir,
Um jardim onde o salitre
Tudo corrói, tudo destrói
E nada parece crescer!
Portugal
Surreal!
País que existe sem existir,
País de braços abertos
Mas sem abraços
Para o receber!
Portugal Inventado,
País em que o Azul se deslumbra com a sua cor,
Em que o Mar abraça céu e terra,
Em que o Sol é mais brilhante, é mais luz
E não se cansa
De sorrir!
Portugal
Revisitado
Que se vai
Recriando,
Revivendo
Passados,
Glórias
Mas sempre com olhar no futuro...
Mas vêm as nuvens,
Os nevoeiros,
Os corvos (que não trazem santos)...
Mas Portugal
Não desiste,
Portugal resiste
E já sonha futuras glórias,
Futuros fados!

 Ana Maria Santos
02/08/2013

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