MIRADOURO 47 / 21014
CAMINHO
e
CHÃO
Na
noite fria, densa faz-se a viagem.
Física.
A
estrada fende o montado que se materializa na sombra escura das árvores.
A
mente viaja também mas autonomiza-se por outros caminhos.
Os
pensamentos são como estradas que ora convergem, ora divergem.
Andam
há solta, não admitem condução.
Respeitam,
quando muito, o pulsar da máquina que vibra no peito.
É dali que vem a
força e tudo o resto mas, isto é como tudo…
Identifica-se o
não querer e também o querer bem, são cartas do mesmo baralho da vida.
Uma certeza se
afirma, a dimensão da ternura é indestrutível porque inolvidável.
Não, não são
pétalas de malmequer, são penas de mim e de ti, também.
Manuel João Croca
Cabeção,
13 Dezembro, sábado
Foto: Joana Croca
2 comentários:
Bom Dia, Manuel João!
Parabéns por este 'pulsar de vida'! Parabéns também à artista da fotografia! Texto e foto interagem com uma expressividade contagiante!
Um abraço.
Francisco
Amigo Francisco viva, boa tarde.
Fico contente por teres também sentido a vibração.
São ecos assim que nos ajudam a ir desvalorizando os "não querer" já que os "bem querer" são muito mais empolgantes e dulcificadores.
Acredito que é caminho que nos permite ir ao encontro da criança que cada traz consigo.
Quando lá chegarmos (e havemos de chegar) vamos fartar-nos de brincar.
Obrigado pelo teu comentário e um abraço.
Manuel João
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