Cargador de Flores, Diego Rivera, 1935 Óleo e Têmpera sobre masonite, 121x121cm |
OS
MILITANTES DO POVO
Vêm de longe e perto
lavram do amor o futuro
são o músculo o nervo
o fermento amanhecendo a razão
o estrume fecundo
o homem a caminho do pão
lavram do amor o futuro
são o músculo o nervo
o fermento amanhecendo a razão
o estrume fecundo
o homem a caminho do pão
São poetas.Mas se passam
revivem noutra poesia,
falam de guindastes,trigo
de alfaias e d'alegria
que vive no coração
de quem sabe construir
braço a braço,mão a mão
revivem noutra poesia,
falam de guindastes,trigo
de alfaias e d'alegria
que vive no coração
de quem sabe construir
braço a braço,mão a mão
Vêm das obras,dos campos
de oficinas artesãs
vêm da mina mais longa
ou das marés das manhãs
de oficinas artesãs
vêm da mina mais longa
ou das marés das manhãs
Dum escritório sombrio
ou da lezíria alagada
trazem consigo a poesia
duma terra fecundada
ou da lezíria alagada
trazem consigo a poesia
duma terra fecundada
Nos olhos trazem boiando
uma esperança feita à mão
pela certeza bordada
de futuro e de razão
uma esperança feita à mão
pela certeza bordada
de futuro e de razão
E os que semeiam suor
colherão um fruto novo
que é este o gesto de amor
dos militantes do povo
colherão um fruto novo
que é este o gesto de amor
dos militantes do povo
manuel branco
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