Dia de lúcido momento,
Época desta cegueira
Da mais branca neblina.
Todos os poetas se transcendem de humanismo,
Todos os audazes se concebem decadentes,
A vitória abstracta mundialmente falando,
E a derrota constante é um lugar abençoado.
Peso português na roda universal,
Carregando a vida pelas chagas de Cristo,
Arrasta em segredo o engenho capital,
Detective dos mares, reformado imprevisto.
De outrora esqueceu-se actual,
Povo de virtudes abismais,
Se de momento é hipnótico banal,
Verdade vindoura esquecerá Portugal.
Ilustre reacção imprescindível,
O rei morreu e África engrandeceu,
Se o conjunto suor tropeça e o rei não vem,
Aii de nós nostalgia, rainha o império é teu.
Diogo Correia
10/06/2011
Dia de Portugal
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