sábado, 9 de julho de 2011

“Lendo Por Entrelinhas Enviusadas”


Leio de forma nua lábios mudos
Penetro olhos desconhecidos adentro
Oiço ao longe o som de surdos
Toco com os dedos música improvável
Pinto pingos de suor num dia quente
Penso em ir sem ir a lado algum
Imagino ficar parado a olhar sem fim
Deito-me sobre a linha ténue do horizonte
Limito-me a atravessar fronteiras da mente
Visto-me tantas vezes de actos de tolerância
Controlo o corpo do topo de uma torre de controle
Viro-me para dentro de um frasco destapado
Rasgo-me dos pés até à ponta de cada cabelo
Retiro-me completamente do interior físico
Refugio-me nos milhões de corações que voam
Abro asas ao ego libertando-o a toda a hora
Deixo as portas abertas à fuga à realidade dual
Remeto-me à pequenês do grão de areia no Universo
E ali fico até ao reiniciar do próximo ciclo sequencial...

...Deste continuado existencial vai e vem da Alma...


Escrito no Campo-Serra, Caldas da Rainha, Portugal, de passagem, a 07 de Julho de 2011, por manuel duarte de sousa, a propósito do direito à Libertação de Pensamento, a que todos os Humanos devem estar sujeitos, sem restrições ou imposições...

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