Uma Revista que se pretende livre, tendo até a liberdade de o não ser. Livre na divisa, imprevisível na senha. Este "Estudo Geral", também virado à participação local, lembra a fundação do "Estudo Geral" em Portugal, lá longe no ido século XIII, por D. Dinis, "o plantador das naus a haver", como lhe chama Fernando Pessoa em "Mensagem". Coordenação de Edição: Luís Santos.
quinta-feira, 21 de julho de 2011
d´Arte - Conversas na Galeria XLVII
Carrasqueira Autor António Tapadinhas
Acrílico sobre Tela 30x40 cm
Entre este quadro e o da semana anterior medeiam oito anos. A série que tinha pensado fazer nessa altura, estou a fazê-la agora. O rio continua lá, presentemente com golfinhos roazes, sinal que resistiram a um período em que a sua sobrevivência esteve em perigo. A sua comunidade tem actualmente 25 elementos.
A outra comunidade, a dos pescadores agricultores é que continua em perigo.
Como todos nós portugueses que não somos nem agricultores nem pescadores...
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8 comentários:
Belo quadro.
Lembra a faina mas permite a evasão e, está lá connosco o amigo Vincent.
abraço,
croca
Maravilha, regressar à Carrasqueira. E logo com muito mais cores do que o habitual...
...Ainda assim gostaria que se traduzisse por miúdos onde é que se vê o Cabo de S. Vicente.
Faz parte da série pós Amesterdão.
Por azar não há nenhum moinho...
...nem de maré!
Abraço,
António
São cores que aprendi a ver com o amigo de que falámos...
Abraço,
António
Lucas Rosa: Desculpe, mas não há nenhum cabo Vicente, porque comete um erro de patente: Há um Marechal Vincent...
:)
Abraço,
António
Claro que está lá o Vincent, olhando, lá do "assento etéreo" onde subiu, mas também o Turner, a quem o Ruivo chamou, com o reparo de estar certo que o amigo gostaria de ver a superfície de um rio com as cores que ele usou para céus que tanto intrigaram o futuro que se lhe seguiu e agora sabemos não terem sido excentricidade dele, antes do clima ao tempo em que viveu.
E lá estão os dois, o dos comedores de batatas esfregando a nuca, o dos barcos ocultando os lábios entre os dedos, ambos pensativos e tanto um como o outro concordando que o que mais os impressiona até nem são os ecos que possam dali sair a respeito do que qualquer um pintou, mas antes a luz da tarde quando abala, para o outro lado do mundo e a combinação das cores que, estou agora a ouvir o Vincent a dizer, "-São justamente a assinatura de uma das fases deste pintor." Ao que o Turner respondeu sim, com um sorriso velado e admitindo ser suspeito, acrescentando ser aquela de que mais gosta.
Pois bem, eu concordo com eles e ficarei a pensar se esses anos passados não terão sido afinal o saldo de um período em que o Pintor conquistou a autonomia e a singularidade da sua assinatura.
E agora que concordaram na valia da obra, não é que estão a divagar de como ali está uma ponte para o infinito? "-É que O caminho sempre será o da simplicidade." -Concluiram na mútua concordância a que chegaram.
Aquele abraço, companheiro
Luís
Luís F. de A. Gomes: Já me ri com a conversa entre o senhor dos céus e o senhor dos mares, no que respeita a combate entre pincéis e tintas! Como se o mar não fosse o reflexo dos céus...
e os pintores e escritores não fossem o reflexo do tempo em que viveram, com excepção daqueles que nasceram antes do seu tempo e viram muito mais além: os génios de que estamos falando.
Os teus e os meus comedores de batata esperamos que continuem a comê-la, de preferência doce, que amargos já são e já sobram os tempos que vivemos...
Abraço,
António
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