terça-feira, 19 de julho de 2011

Sonda espacial entra na órbita de Vesta


Após quatro anos de viagem, a sonda espacial Dawn entrou na órbita do asteróide Vesta, situado entre as órbitas de Marte e Júpiter. Durante um ano, vai tirar fotografias de alta definição e recolher dados que vão ajudar os cientistas a estudar a formação do sistema solar.

Charles Bolden, director da Agência Espacial Norte-americana – NASA, afirma em comunicado que este acontecimento“é notável, pois é a primeira vez que uma nave espacial entra em órbita de um corpo na principal cintura de asteróides”. Acrescenta que a NASA está encarregada de enviar astronautas a um asteróide em 2025, sendo a missão Dawn crucial para a preparação dessa viagem.

Depois de estudar Vesta, Dawn vai viajar até ao planeta-anão Ceres, onde chegará em 2012. Vesta e Ceres são dois dos maiores corpos da Cintura de Asteróides, região do Sistema Solar compreendida aproximadamente entre as órbitas de Marte e Júpiter. Nesta região encontram-se aproximadamente 100 mil asteróides, considerados escombros da formação do sistema há 4600 milhões de anos.

A sonda transmitiu informações que confirmam a entrada na órbita de Vesta, mas o momento preciso desse acontecimento é desconhecido. O momento da captura Dawn dependeu da massa e da gravidade de Vesta, sobre as quais não há certezas, só estimativas.

A massa do asteróide determina a força de sua atracção gravitacional. Quanto mais massivo for Vesta mais forte é a sua gravidade. Com o Dawn agora em órbita, será possível medir com mais precisão a gravidade do asteróide.

As observações a realizar vão ajudar a compreender os “primeiros capítulos” da história do Sistema Solar. A NASA indica que os dados vão permitir ainda abrir caminho para futuras viagens tripuladas, sendo Marte o principal objectivo das próximas décadas.

Esta missão está a ser dirigida pela Universidade de Califórnia e conta com a colaboração do Centro Aeroespacial alemão, o instituto Max Planck para a Investigação do Sistema Solar e a Agência Espacial Italiana.


in, Ciência Hoje, 19/7/2011

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