Praia da Rocha I Autor António Tapadinhas
Acrílico sobre Tela (em construção)
Passei uns dias maravilhosos numa cidade que agora faz parte do meu itinerário mais procurado: Portimão! É lá que vive o meu neto Rafael, conforme se devem lembrar…
Fui convidado para fazer lá uma exposição de pintura. Aceitei imediatamente, pois assim fico com mais um pretexto para voltar.
De acordo com o meu hábito, em cada mostra, faço especialmente para a ocasião, pelo menos uma tela, com um dos seus locais mais emblemáticos. Em Portimão, a Praia da Rocha é a praia mais conhecida internacionalmente. Esta uma das razões da sua escolha; a outra, pura e simplesmente, a sua beleza.
O tamanho de tela é o maior possível em razão do espaço disponível, o suficiente para capturar a luz e o carácter da paisagem que escolhi.
No meu desenho, delimitei os traços básicos: linha do horizonte, formações rochosas, cores e sombras mais evidentes, tufos de vegetação, os pinheiros e o oceano…
Praia da Rocha II Autor António Tapadinhas
Acrílico sobre Tela (em construção)
O primeiro objectivo foi cobrir toda a tela com as cores dominantes, tendo em atenção que, desta vez, o céu e o mar vão perder o protagonismo que normalmente têm nos meus quadros.
Chegado a este ponto, vou encerrar os trabalhos. Amanhã, com novos olhos, poderei analisar com maior acuidade o que foi feito.
Para uma primeira sessão o avanço é considerável e, melhor ainda, estou muito satisfeito com o resultado!
4 comentários:
Praia da Rocha sem mar??
Luis: Quem disse?
Se vires bem na fotografia está lá o mar...
...e vai estar no trabalho depois de finalizado.
A maneira que os artistas têm de retratar a realidade é mostrarem o que está para além dela. Neste caso, o oceano está sobre a areia da praia. Para que a água tenha o reflexo dourado que pretendo, primeiro enchi a praia de areia e só depois lhe vou colocar a água...
Espero que gostes do resultado! Bons banhos!
:)
Abraço,
António
É claro que a praia, as praias, são o mar e o céu e o mergulho que este dá naquele e que tanto encanto dá de ver quando o ouro incendeia as nuvens no longe. Mas estas praias, a da Rocha e a do Vau que a gula já tanto cicatrizou e descaracterizou e que tu deves ter conhecido ainda fartas e lindas de ornamentos mediterrânicos, estas praias também são esta geologia característica de arribas baixas em que as argilas cruas se deixam esculpir pela espontaneidade artística dos elementos. E o artista olha para lá das evidências, como o fazes nesta obra de que aguardamos assim a completude.
Ficamos pois aguardando o que falta nesta harmonia.
Até lá, aquele abraço, companheiro
Luís
Vou hoje a caminho do Algarve (muito fácil de encontrar se pagarmos as portagens), para um apartamento na Praia da Rocha, donde adivinho as falésias de que falamos.
O quadro está também em Portimão, o que quer dizer que vou rever um amigo...
Espero descobrir nele mais algumas facetas desconhecidas...
... porque já deves saber que os amigos melhoram com a idade...
Aquele abraço,
António
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