SILÊNCIOS
Tanto conversamos
em silêncio
seus olhos perguntam
respondo olhares
mágoas
tristezas
iras
raivas
surdas maneiras
de nos fazer entender
não estarmos juntos.
TER
Tê-la ao meu lado
ter-me prisioneiro
tê-la como consolo
ter-me desconsolado
tê-la entre tantas
ter-me sozinho
tê-la no anoitecer
ter-me na escuridão
tê-la no que inicia
ter-me sem origem
tê-la como estrela
ter-me sob as nuvens
tê-la no esplendor do vento
ter-me como calmaria
tê-la na amplidão do horizonte
ter-me em linha traçada.
REALIZAR
Realizo o sonho ao destino
ofertado. Retiro a irrealidade
e a contemplo em matéria
rio do segredo
descubro
avanço o tempo
à semeadura
e retorno em colheitas
a casa serve ao senhor
o estio ao crescimento da planta
depois do cultivo
sobre a terra
em inundações lavo a sombra
da irrealidade. Deposito
diante do homem
a sobra na satisfação
do todo.
2 comentários:
Feliz por estar em tão boa companhia, agradeço. Abraços,
Pedro Du Bois.
Igualmente felizes pela partilha no Estudo.
Abraços
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