Hinduísmo é o desenvolvimento até aos nossos dias de uma tradição religiosa, sistema magnífico de crenças e tradições, que advém da interpretação de textos sagrados da Índia.
Chama-se de Brahmanismo às práticas rituais religiosas mais antigas feitas na Índia por sacerdotes brahmanes. Há que cumprir os ritos para atingir a dimensãos dos deuses.
Dharma, aquilo de que depende a ordem do mundo. A prática correta dos rituais é fundamental para manter a ordem no mundo, tal como é a sua forma original.
Brahman, a unidade primordial e o fim último. “Tu estás em tudo e em todo o lado”. As “Upanishads” falam duma realidade primordial que não tem separação. O ser Uno, sem dualidade, o que a tudo integra, onde não há divisão entre os homens e os deuses. A palavra chave das “Upanishads”: “tu és aquilo que para além do qual nada mais há”. O uno primordial é anterior aos deuses.
Não confundir com Trimurti – Brahma, Vishnu, Shiva – tríade em que se expressa a divindade:
- Brahma, o criador, o que está antes de tudo;
- Visnhu, aquele que mantém, conserva;
- Shiva, representa a destruição, o regresso à unidade primordial.
Atman, o respirar que liga qualquer um à unidade primordial.
Entre as 4 grandes idades do mundo, atravessamos o período de maior decadência, o período em que, metaforicamente, a “vaca sagrada” está assente apenas numa pata.
Samsara, roda da vida que gira sem parar. Enquanto a existência estiver condicionada, o ciclo de renascimento/morte perdurará.
Karma, designa a cada momento a ação condicionada pelas ações do passado e com consequências posteriores. É condicionado e condicionante. A sabedoria permite cessar a ignorância, ou seja, a produção kármica. Toda a experiência de dualidade, “eu sou um, tu és outro” produz o ciclo kármico.
Cinco fatores que fazem o ser entrar no ciclo do samsara: ignorância, orgulho do eu, aversão à dor, perturbação/aflição e medo da morte/apego à vida.
Mumuksha, o desejo de libertação. “Tat tvam asi”, a chave da libertação.
O Yoga é o contínuo exercício que permite pôr fim ao karma. À cessação dos movimentos mentais – evitar o pensamento, o deixar sair para fora de nós. A procura de um êxtase, de consciência unificada. O Yoga deve levar-nos ao ponto zero da manifestação, a um processo de involução. Ser senhor dos próprios pensamentos, de pensar só quando é necessário.
Jivanmukta, aquele que se liberta da vida, que transcende os próprios deuses.
Carlos Rodrigues
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