segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

a caneta do branqueamento

ao gonçalo

fica a laje o teu corpo nu, apenas as tatuagens
branca pele para o teu oficio do amor rural
sei que protestas assim – por uma nova ordem
e congelas as mãos frias dos poderosos
mãos de leite como flora ardente nestes lábios
passas heroína do novo dia e nada te falta , dói
a neve e a repressão todos os dias como a caneta
o branqueamento vende-se ás fatias dolorosas


José Gil

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