Uma Revista que se pretende livre, tendo até a liberdade de o não ser. Livre na divisa, imprevisível na senha. Este "Estudo Geral", também virado à participação local, lembra a fundação do "Estudo Geral" em Portugal, lá longe no ido século XIII, por D. Dinis, "o plantador das naus a haver", como lhe chama Fernando Pessoa em "Mensagem". Coordenação de Edição: Luís Santos.
quinta-feira, 29 de março de 2012
d´Arte - Conversas na Galeria LXXXII
Cais de Alcochete Autor António Tapadinhas
Acrílico sobre Tela 50x60cm
Na parte final do trabalho, procurei dar o máximo de luminosidade ao céu para que o rio reflectisse e ampliasse a sua luz.
A ligeira brisa matinal a afagar a superfície da água, quebra os reflexos dos barcos e do molhe, provocando chispas de luz, como que a responder num eco à luz nascente.
A sombra dos barcos é viva e canta com sons estridentes e vibrantes, como no caso do barco com o casco encarnado…
É uma obra que retrata um local, definido, concreto… Mas pretendo que, mais do que o local, seja a imagem da impressão de paz que senti, com o sol nascente, naquela manhã.
É esta a sensação que quero partilhar convosco!
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4 comentários:
António, que cores tão bonitas. Uma reprodução da realidade bem à nossa dimensão humana. Tudo nos faz lembrar mesmo Alcochete com vista ali por perto da marginal. Alcochete tem poesia! Mas os brancos, pequenina coisa entre os divinais rosas e azuis, do céu e do mar na alvorada do dia, os brancos, dizia eu, fazem lembrar aquela "gota de luz branca puríssima", como dizia o poeta. E abraço, pois então.
Fizeste do céu um poema que se escreve neste espelho do Tejo, em Alcochete, visto por ti.
Aquele abraço, companheiro
Luís
A tua dimensão como humano e a tua sensibilidade natural permitem descobrir nas cores gotas de luz que só um radar apurado consegue detectar...
...ou um espírito de poeta.
Abraço,
António
Adaptando a frase do poeta, é um poema que alguém escreve sobre as águas e nunca se repete.
É isso que torna fundamental apanhá-lo...
Abraço,
António
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