domingo, 4 de março de 2012





                    
A NOSSA TERRA É, TAMBÉM, A NOSSA CASA


















A primeira condição para que alguém se candidate a um cargo político deveria ser gostar da “coisa” a que se candidata. Seja freguesia, concelho, país, …  para além da necessária preparação e competência, a primeira coisa deveria ser “gostar de” , “ter um projecto para” logo depois e, condição também ela fundamental e indispensável, “espírito de servir”.
É evidente que outras características deverão ser levadas em conta, como a capacidade de escutar os outros, sanar divergências, trabalhar em equipe unindo os desavindos se possível, e da sua conjugação dependerá em muito o resultado da “missão” a que o candidato se propõe mas, os três primeiros aspectos constituirão os alicerces do propósito.

Ao percorrermos a nossa terra velha (“velhinha” apetece-nos dizer pela ternura que nos inspira) sentimos (-lhe) um grande desconforto envergonhado. O núcleo habitacional/social mais antigo, o “centro-histórico” da nossa terra está em ruínas. É uma ruína.



O Café do Teco, a velha Cooperativa de Consumo, o antigo Hospital,  (tantas vivências, memórias)… muitos outros exemplos se poderiam referir - como as fotos ilustram – e, pensando, parece-nos que alguém não está a fazer bem o trabalho que lhe compete.
Não sabemos a quem cabe a responsabilidade de providenciar no sentido de obstar a esta degradação, não sabemos sequer se existe legislação que impeça este desleixo mas, se não há deveria haver e, como tal, deverá ser criada por quem de direito, ou seja, políticos eleitos. Se assim não for, para que serve então isto tudo?
Não gostamos do que vimos, incomoda-nos, questiona-nos, provoca-nos.

A política serve para resolver os problemas dos cidadãos, encontrar soluções, melhorar o viver colectivo e comum. Fora isso é um simples exercício de retórica ou, uma forma de fazer carreira servindo-se do que se jurara servir.

Já temos uma Feira Medieval que vem melhorando de edição para edição, que apoiamos e aplaudimos mas não temos centro-histórico, ou melhor, temos uma ruína a alastrar.
Vamos acabar com isso não acham melhor?

Fotos: Edgar Cantante; Texto: João C.

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