sábado, 6 de junho de 2015


Poema Verde

a minha mulher sempre perto, Solange,

o poema atravessa verde o braço do alcatrão, hoje não há carros
ficaram para a memória todos correm nesta velha estrada perto
do estádio, um grande ribeiro de poesia verdejante todos querem
ganhar - não entendo a corrida as regras, correm para cá e para
lá sem destino final e não param
já visitei este braço de alcatrão de memória cheio de papoilas
encantava o caminho da vida e também não tinha direcção
mapa, sinais é um caminho para um esboço do amanhã

ela caminha e eu choro na pedra de saudades fisicas,


José Gil

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